Programa Internacional de Avaliação de Estudantes é feito no Estado
A partir de segunda-feira, 35 escolas serão visitadas pelos aplicadores
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O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) movimentará 37 escolas do Rio Grande do Sul até dia 22. Em cada uma delas, 33 estudantes estão inseridos na aplicação. Duas escolas já começaram os trabalhos na nesta semana e, a partir desta segunda-feira (7), quatro aplicadores percorrerão cerca de 1,5 mil quilômetros pelo Estado para realizar os trabalhos. “Nossos estudantes, professores e gestores estão ativamente participando do processo”, informou a assessora técnica de Avaliação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Salete Albuquerque, que dá apoio logístico ao evento.
Também Interlocutora do Inep junto à Seduc, Salete avalia que, nos primeiros dias, o Pisa teve participação de mais de 98% dos envolvidos nas escolas gaúchas. Conforme a assessora, o objetivo central do Pisa é identificar a forma como os estudantes aplicam as devidas competências em face aos problemas e situações da “vida real”. “Não se trata de avaliar o currículo ou apenas conhecimentos, mas, sim, de aferir em que medida os alunos são capazes de raciocinar e usar conceitos para explicar e prever fenômenos”, explica.
O Pisa começou a ganhar forma em meados dos anos 1990, quando países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e especialistas do mundo inteiro desenvolveram uma metodologia para medir até que ponto as escolas estão preparando jovens para exercer o papel de cidadãos na sociedade.
A primeira ação estratégica da OCDE foi delimitar o teste para jovens entre 15 anos e 16 anos, período em que se presume o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. A segunda e mais importante ação foi criar um teste acessível, o qual estudantes de qualquer região do mundo poderiam realizar.
De acordo com Salete, o Pisa almeja não apenas demonstrar como funciona a estrutura dos vários sistemas educacionais, mas encoraja que os países troquem conhecimento e experiências, com a finalidade de construir uma educação mais justa e inclusiva. A produção de indicadores de desempenho, portanto, contribui para a discussão da qualidade da educação nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria do ensino básico.
O formato da avaliação do Pisa é baseado em três áreas-chave: leitura, matemática e ciências. O exame também apresenta questões de letramento financeiro. Os testes são aplicados a cada três anos e, em cada edição, o Pisa dá ênfase a uma das três áreas – este ano, o foco será em leitura, por isso todos os estudantes terão de responder as questões dessa área de conhecimento. Em relação a ciências, matemática e letramento financeiro, cada estudante responderá apenas uma dessas disciplinas. O exame será 100% eletrônico, aplicado em computador.
Além do teste, os estudantes, professores, diretores e pais também deverão responder aos questionários contextuais. Os estudantes respondentes deverão responder a alguns questionários no computador. Os conteúdos são direcionados aos detalhes de sua vida na escola, em família e suas experiências de aprendizagem. O tempo estimado de resposta é de 55 minutos.