Escolas estaduais apresentam projetos de incentivo à leitura na 68º edição da Feira do Livro de Porto Alegre
Os trabalhos dos alunos ficarão expostos até o dia 15 de novembro na Praça da Alfândega, próximo ao Margs
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A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) está presente, desde a última sexta-feira (28), na 68º edição da Feira do Livro de Porto Alegre. O estande da Rede Estadual está na Praça da Alfândega, próximo ao Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), e contará com a exposição de projetos de incentivo à leitura que serão apresentados por alunos de 29 escolas, que representam 17 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs). Entre os temas abordados pelos estudantes, estão: ênfase no incentivo à leitura, Educação Étnico-Racial, conscientização sobre a proteção do meio ambiente, além de projetos desenvolvidos em escolas indígenas.
Os alunos utilizam práticas didáticas de leitura, atividades lúdicas com a utilização de materiais recicláveis, robótica e decoração. A ação envolve mais de 100 pessoas entre professores e alunos e a expectativa de público é de até 10 mil leitores até o dia 15 de novembro, data de encerramento da Feira.
Além disso, o curso técnico de Edificações da Escola Técnica Parobé, de Porto Alegre, contribuiu com a construção dos ambientes externos no estande da Seduc, como bancos, cadeiras, mesas e plantas decorativas.
Conforme a Ana Alice da Costa, assessora da Assessoria de Livros e Leitura do Departamento Pedagógico da Seduc, após dois anos de pandemia, o retorno presencial das atividades na Feira do Livro possui um significado importante para professores e alunos.
“Estamos trazendo, para a Feira do Livro, trabalhos extracurriculares elaborados pelos nossos estudantes. Então, nosso estande é todo voltado para isso, para mostrar o talento e a criatividade de crianças e jovens de diversas regiões do Estado. Serão trabalhos marcados pela diversidade e ações culturais necessárias para formação dos estudantes”, explica.

A diretora da Escola Matias de Albuquerque, Cláudia Campos, é a responsável pela decoração da parte interna do estande da Seduc, além de contar com dois trabalhos na Feira do Livro e envolver todos os alunos da instituição de ensino na atividade. Os trabalhos que serão apresentados pela escola são: construção de fantoches com a reutilização de resíduos e materiais recicláveis; e as bonequinhas Abayomis, que são bonecas negras construídas sem costura e sem demarcações de olhos, nariz e boca. O objetivo é valorizar a cultura afrodescendente e favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas.

“Nosso intuito é incentivar, por meio da leitura, a elaboração do lúdico e o uso de robótica para incentivar a criatividade e o protagonismo das crianças. Além disso, procuramos despertar a conscientização histórica nas crianças, de forma romântica, sobre temas tão importantes como as relações étnico-raciais e a cultura afro-brasileira”, destaca.
Depoimentos dos alunos
Kelly Kissel, de 23 anos, é aluna do curso técnico de Edificações da Escola Técnica Estadual Parobé. Ela conta um pouco sobre a contribuição da instituição de ensino no estande da Seduc e como ela e seus colegas tiveram a ideia para o projeto:

“A proposta foi criada para ser implantada em um local de lazer. A entrada da Escola Parobé, por exemplo, é um lugar muito bonito. Na hora do recreio todos os estudantes se encontram ali. A partir disso, nós tivemos a ideia de criar materiais baseados no Lego. Fizemos tudo manualmente, elaboramos a forma e fizemos todos os cálculos para que o móvel pesasse menos. Para que o aço e o concreto permanecessem seguros, mas que, por meio de furos, nós conseguíssemos carregar com mais facilidade os bancos e as mesas. Conseguimos reduzir em pelos menos 30% o peso”, afirma.
O aluno Richard Daniel Ávila, da Escola Matias de Albuquerque, tem 9 anos e está no 4º ano. Ele participou de todos os projetos elaborados pela diretora Cláudia Campos.
“Todas as etapas do trabalho foram muito legais. Eu e o meu colega Pedro fizemos o trabalho juntos sobre a cultura negra. Nós pintamos os materiais recicláveis e construímos os bonecos e os brinquedos. Depois da pandemia, está sendo uma novidade muito bonita. Muitos livros e pessoas diferentes na Feira. Estou adorando”, declara.
68º Feira do Livro de Porto Alegre
A Mostra de Projetos Extracurriculares de incentivo à leitura ficará disponível para visitação até o dia 15 de novembro, data de encerramento da 68º Feira do Livro de Porto Alegre. O evento abriga que uma das principais feiras a céu aberto da América Latina desde 1955. Neste ano, receberá 71 expositores, mais de 150 autores e uma grande programação que inclui diversas atrações culturais.
Confira a lista das escolas estaduais participantes
Escola Matias de Albuquerque – 1ª CRE
Escola Willian Richard Schisler – 1ªCRE
Escola Antônio Vicente da Fontoura – 24ª CRE
Escola Rio Jacuí – 24ª CRE
Escola Professora Ana Job – 3ª CRE
Escola Indígena Romeu Koe'ju – 14ª CRE
Escola Amélio Fagundes – 17ª CRE
Escola Francisco José Damke – 17ª CRE
Colégio Alcebíades Azeredo dos Santos – 28ª CRE
Escola Indígena Faustino Ferreira Doble – 15ª CRE
Escola Indígena Toldo Coroado – 15ª CRE
Escola Tenente Portela – 21ª CRE
Escola Feliciano Jorge Alberto – 21ª CRE
Escola Porto Alegre – 1ª CRE
Escola Bandeirante – 7ª CRE
Escola Trajano Machado - 7ª CRE
Escola Salomão Iochpe – 7ª CRE
Escola Prof. Carimela P. Bastos – 20ª CRE
Escola José Cañellas – 20ª CRE
Escola Cacique Neenguiru – 20ª CRE
Instituto Estadual São Francisco Xavier – 32ª CRE
Escola São Jeronimo – 32ª CRE
Escola Padre João Baptista Réus – 32ª CRE
Escola Dr. Bozano – 36ª CRE
Escola Técnica 25 de Julho – 36ª CRE
Instituto de Educação Vicente Dutra – 8ª CRE
Escola Dr. Antônio Xavier da Rocha – 8ª CRE
Escola Dr. Victor Hugo Ludwig – 27ª CRE
Colégio Apolinário Porto Alegre – 35ª CRE
Escola Cônego João Batista Sorg – 39ª CRE