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Educação e trabalho são tema de Acácia Kuenzer

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Seminário Internacional
Em complemento aos dados nacionais relacionados ao Ensino Médio e à população dos 15 aos 17 anos, apresentados pela coordenadora do Ensino Médio no Ministério da Educação do MEC Sandra Garcia, a professora Dra. Acácia Kuenzer apresentou aos participantes do Seminário Internacional de Educação do RS promovido pela Secretaria de Estado da Educação uma explanação a respeito da relação educação e trabalho. O Ensino Médio de educação geral, descolada da cultura e dos interesses das juventudes é que tem sido ofertado no país, uma educação academicista e desigual. A realidade mostrou que a ampliação da oferta dessa escola não refletiu em melhoria da formação do jovem que precisa trabalhar. "Algo está errado, esta dualidade invertida, que é nova forma de dualização entre trabalho e educação, com prejuízo da classe trabalhadora, é o que nos põe os desafios", destaca. Para Kuenzer, é preciso que o país formule uma política de estado integrada, que se desdobre em programas integrados nas unidades federadas. Entre as ações desta política, a pesquisadora destaca a renegociação do pacto federativo, com definição de estratégia de financiamento específica e de caráter permanente e assegurar a participação de todos os sujeitos em sua formulação. Para Acácia Kuenzer, esta política integrada deve ser compostas por uma concepção curricular construída nas escolas, com participação dos sujeitos, fundamentada nas diretrizes curriculares: politecnia e integração e articulação entre disciplinaridade e transdisciplinaridade. "Esta integração só é possível com a politecnica, ou seja, o domínio intelectual da técnica", enfatiza. Para Acácia, esta construção deve ter como ponto de prática a prática social enquanto conjunto das relações sociais e produtivas para organizar conteúdos de outro modo, assegurar a participação e protagonismo do aluno na sistematização do conhecimento e promover a aprendizagem com significado, o que que pode ser ilustrado com os seminários integrados propostos pela reestruturação curricular do Rio Grande do Sul. A pesquisadora também defende a ampliação do acesso e políticas de assistência ao jovem estudante, com integração de políticas de educação, saúde, transporte, creche, moradia, além de ampliar matrículas tempo integral ou alternância e desenvolver política de gratuidade assistida, com concessão de bolsas. Em relação a docentes, ela destaca ações como profissionalização, formação inicial e continuada de professores. "É preciso formular políticas para uma nova qualidade de educação do jovem", explica. Isso significa tratar o diferente segundo suas necessidades, especificidades e diversidade, para que todos, respeitadas as diferenças, sejam iguais enquanto sujeitos de direitos", resume a Professora Dra. Acácia Kuenzer.
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