Uso da calculadora é tema de oficina na 13ª CRE
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Durante a reunião mensal das orientadoras de estudo do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), foi promovida uma oficina de matemática sobre o uso da calculadora nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A atividade foi realizada no dia 1ª de setembro, na sede da 13ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), em Bagé, e conduzida pela professora de Matemática da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), Ângela Carretta.
Conforme a professora, a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) é que os docentes dos anos iniciais utilizem as novas tecnologias em sala de aula e a calculadora está incluída entre as ferramentas. Há mais de 15 anos a proposta foi organizada e, até hoje, é considerada por muitos como vilã no ensino da Matemática. ?É difícil opinar quando não se tem o conhecimento das possibilidades que emergem dessa proposta. Temos consciência de que não é possível que a escola negue sua existência, nem tampouco a libere totalmente?, disse a docente. Segundo ela, trata-se de uma iniciativa que pretende aceitá-la como mais um recurso capaz de explorar relações matemáticas e refletir sobre a grandeza numérica. ?Essa ferramenta está vinculada às concepções do professor, da qual decorre sua prática pedagógica?, acrescentou.
Ângela destacou ainda que dentre as tendências da educação matemática está a investigação na qual a calculadora pode e deve ser inserida. Os alunos que têm a oportunidade de aprender a dominar diferentes estratégias de cálculo e conhecem os limites de cada recurso podem decidir em quais momentos aderir ao uso da calculadora. Seu uso está vinculado às estimativas realizadas mentalmente, a verificar os resultados de cálculos realizados com lápis e papel, proporcionando-lhes construir a autonomia e solucionar problemas mais complexos ou com números grandes. Além disso, a docente mencionou que a máquina é adequada para as reflexões em torno das hipóteses sobre os registros que aparecem em seu visor e a interpretação dos significados dos números ali representados. De acordo com ela, a proposta refere-se também a questões sociais. ?A calculadora faz parte do cotidiano do aluno e não intencionamos alargar a distância entre a matemática da vida e a matemática da escola?, concluiu.
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
O Pnaic é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do Ensino Fundamental.
Aos oito anos de idade, as crianças precisam ter a compreensão do funcionamento do sistema de escrita; o domínio das correspondências grafofônicas, mesmo que dominem poucas convenções ortográficas irregulares e poucas regularidades que exijam conhecimentos morfológicos mais complexos; a fluência de leitura e o domínio de estratégias de compreensão e de produção de textos escritos.