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Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho reconhece estudantes de Ensino Fundamental destacados em Matemática

Karol Valesan, Andrei de Almeida e Laura Mirandola tinham levado medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática de 2019

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Foto de Andrei e Daniel recebendo o diploma de certificação da Obmep
Além de Andrei (d), seu irmão gêmeo, Daniel, também recebeu medalha de ouro - Foto: Arquivo pessoal
Por Isabella Sander

Com cerimônia marcada para esta sexta-feira, 23 de outubro, às 18h, o Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho reconhecerá estudantes de Ensino Fundamental e Ensino Médio que receberam medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática (Obmep) de 2019. Foram escolhidos seis adolescentes, sendo três do Ensino Fundamental e três do Médio, para receber a honraria, que busca estimular o desenvolvimento de talentos e motivar o aprendizado nas áreas de Ciência e Tecnologia.

O prêmio é uma ação do projeto Educar para Inovar, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) e a Secretaria de Educação (Seduc). Nesta reportagem, conheça um pouco sobre os três premiados do Ensino Fundamental.

Amor pela Matemática

Karol Cristina Valesan tem 14 anos e cursa o 8º ano do Ensino Fundamental na Escola Monsenhor Seger, do município de Travesseiro. Em 2019, no 7º ano, recebeu medalha de ouro na Obmep. A estudante conta que sempre participa de competições envolvendo Matemática. Em 2018, ganhou medalha de bronze na mesma olimpíada, o que lhe rendeu a participação no Programa de Iniciação Científica que oferecia aulas semanais e provas dissertativas mensais. “As perguntas não eram nada fáceis, mas sempre me dediquei muito a isso”.

Foto de Karol
O interesse por Matemática, sua disciplina favorita, foi incentivado desde cedo pelas professoras e pela mãe de Karol - Foto: Arquivo pessoal

A participação no programa permitiu uma boa preparação à aluna, quem em 2019, passou na primeira fase da Obmep sem dificuldades. “Na prova da segunda fase eu me dediquei demais, passei a tarde inteira fazendo, porque defini que eu poderia errar somente duas questões, para poder levar ouro. No dia em que saiu o resultado eu estava muito ansiosa e, quando recebi a notícia de ter ganhado ouro, quase não acreditei. O único sentimento que havia dentro de mim era orgulho, gratidão e muita felicidade”, recorda.

Apesar da distinção na área científica, a adolescente revela que nunca imaginou que estaria ao seu alcance ganhar o Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho e, quando entraram em contato com ela, ficou muito surpresa. “No começo, nem acreditei que era verdade. Quando percebi que realmente estava ganhando, fiquei imensamente feliz”, celebra.

O interesse por Matemática, sua disciplina favorita, foi incentivado desde cedo pelas professoras e pela mãe de Karol, que frequentemente a levava para a faculdade onde estudava e, lá, a jovem conversava com as suas professoras de Matemática. “Os estudos são a coisa mais importante para mim, porque, com eles, posso atingir meus objetivos. Eles me proporcionam experiências incríveis, como a de ganhar a medalha de ouro e o Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho. Os estudos são a minha maior riqueza e são a única coisa que ninguém no mundo poderá tirar de mim.”, avalia.

No futuro, acredita que seu conhecimento lhe facilitará em uma carreira na área da Ciência, seja ela qual for. “Ainda não sei qual profissão irei escolher. Tenho muito interesse na área forense, mas, se não escolher isso, tenho toda certeza do mundo que escolherei outra área da Ciência.”

Dedicação que vem de família

Andrei Malikovski de Almeida tem 15 anos e cursa o 9º ano do Ensino Fundamental na Escola Emílio Tagliari, do município de Estação. O estudante relata que desde pequeno sempre se esforçou para colocar os seus estudos em primeiro lugar, o que o levou a participar de Olimpíadas de Matemática nos últimos anos.

Em 2018, conquistou medalha de prata na Obmep e foi convidado a participar do mesmo Programa de Iniciação Científica que Karol integrou. “Tive que estudar bastante, estudava de quatro a cinco horas por dia, e conquistei o ouro. Foi uma sensação gratificante, porque eu não imaginava”, ressalta.

A dedicação aos estudos vem de família – o irmão gêmeo de Andrei, Daniel Malikovski de Almeida, também conquistou a medalha de ouro na competição. “O estudo, para mim, não é só para ter notas ou medalhas: é mais uma ferramenta de desenvolvimento pessoal, que ajuda nas mais diferentes áreas da vida. Por isso, procuro estudar todas as áreas, mesmo em períodos em que não tem prova”, reflete.

Versátil, o adolescente diz que gosta de todas as áreas de conhecimento, mas, como a olimpíada só é oferecida para Matemática em sua cidade, resolveu priorizar esta disciplina. No futuro, pretende fazer faculdade em algum curso de Ciências Exatas. Sobre o Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho, Andrei afirma ter sido uma grata surpresa. “Foi bem gratificante receber o prêmio, ter esforço reconhecido pelo Estado, e serviu de incentivo para seguir estudando, mesmo durante a pandemia”, comemora.

Um pouco de estudo por dia

Laura Schaffer Mirandola tem 16 anos e cursa o 1º ano do EM, em Porto Alegre. Quando recebeu a medalha de ouro, estava no 9º ano do EF. A garota diz que sempre teve facilidade com Matemática e, por isso, acabou avançando mais nesta disciplina.

Foto de Laura, sorrindo
Laura revisou o conteúdo a partir de atividades em aula e antigas questões da Obmep e do Enem - Foto: Arquivo pessoal

No ano passado, durante a Obmep, revisou os conteúdos em casa, a partir de atividades que a professora Christine Camargo passava para a sua turma, de questões de outras edições da olimpíada e de provas antigas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Houve certa dedicação. Poderia ter sido mais, mas foi o suficiente”, relembra Laura. A aluna comenta que o incentivo da professora Christine a participar da Obmep, oferecendo revisões em aula, foi fundamental para sua conquista.

A adolescente relata que o segredo para o sucesso nos estudos é estudar um pouco todos os dias. Mesmo assim, Laura reconhece que foi uma surpresa ganhar o Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho. “Foi muito inesperado, mesmo.” Para o futuro, ainda pensa em qual carreira quer seguir, mas já pensou em ser arqueóloga ou professora.

Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho

A cerimônia virtual de premiação será transmitida pela página da Sict, no Facebook, e vai contar com a participação do secretário da pasta, Luís Lamb, do secretário de Educação, Faisal Karam, e do diretor-presidente da Fapergs e presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Odir Dellagostin. Também estarão presentes as convidadas especiais Juliana Estradioto, jovem pesquisadora, e Mariana Bigolin, agraciada na edição de 2019 do prêmio e atualmente estudante na Universidade de Stanford, que contarão suas trajetórias acadêmicas, além da professora e mentora Flávia Twardowski, que vai compartilhar a sua experiência na área.

O evento integra o Prêmio Pesquisador Gaúcho 2020, que faz parte da programação da Sict no Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Essa e as outras transmissões também estarão disponíveis no Facebook e no canal no YouTube da Fapergs.

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