Oportunizar espaço de diálogo e formação teórica e prática sobre saúde mental na escola, problematizar o uso da medicação como resposta pedagógica, articular ações entre o ensino superior e a educação básica para o enfrentamento de desafios atuais e compartilhar os primeiros resultados da pesquisa Educação, Saúde e Acolhimento. Esses foram os objetivos da Jornada Sobre Saúde Mental na Escola, que ocorreu na semana passada na Universidade de Caxias do Sul (UCS) e reuniu cerca de 240 profissionais da área da Educação.

O evento foi organizado pelo Grupo de Trabalho, constituído por 14 instituições das diversas áreas que atendem alunos das redes estadual, municipal e particular de ensino – a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) representa a rede estadual, por meio da Assessoria de Educação Especial. 

Pela manhã, os doutores Tiago Dumcke e Verônica Bohm, docentes da UCS, discorreram sobre o projeto de pesquisa Educação, Saúde e Acolhimento, que prevê a realização de formação de profissionais da rede, execução do projeto de pesquisa e publicação dos seus resultados em livro, formato e-book. O projeto de pesquisa tem duração de dois anos e está sob a responsabilidade do professor Delcio Antonio Agliardi. Na sequência, os docentes da Ufrgs, Claudia Rodrigues de Freitas e Ricardo Lugon Arantes, abordaram o tema "Problematizando os Processos de Medicalização na Educação". 

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No período da tarde, os participantes formaram grupos para debater e analisar a realidade nas escolas, abordando estratégias para saúde mental na escola, fatores de proteção e de risco identificados em cada realidade e quais decisões precisam ser tomadas para qualificar o atendimento. 

Em seguida, houve a apresentação pública da síntese dos trabalhos. De acordo com os organizadores, a conclusão é que, para haver melhorias na área da Saúde Mental na Escola, é necessária uma mudança nas políticas públicas, trabalho multiprofissional efetivo e com um olhar mais humano para este público, além de quebra de paradigmas.