Histórias divertidas em sala de aula
Publicação:
Santa Rosa, no noroeste gaúcho, possui muitos escritores, muitos deles fazem parte de uma associação de leitores que regularmente presenteiam a cidade com suas obras. Alguns desses autores tiveram o despertar da paixão literária na escola, através do incentivo a leitura e a escrita. Pensando no passado desses escritores e no futuro de outros é que se vivenciou no Instituto Estadual de Educação Visconde de Cairu uma inciativa simples, mas com um grande significado: a produção de um livro entre os estudantes da 1ª série do Ensino Fundamental.
No decorrer deste ano, a professora Indiara Veçozzi desenvolveu um projeto de leitura e escrita em sala de aula que culminou com a obra ?Histórias Divertidas?. O livro traz textos com a participação de cada uma das crianças. Ainda não é um livro impresso em gráfica, mas poderia ser, pois traz a singeleza de um dos momentos mais importante do aprendizado: a alfabetização.
Os autores, entre seis e sete anos, escreveram aquilo que mais gostam, são fantasias, impressões do mundo real, são os primeiros vestígios de uma história longa e promissora. Os textos cumprem o seu objetivo que é encantar o seu público alvo: elas mesmas, as crianças.
Para oficializar esse momento, a professora reuniu no lugar mais nobre da escola, a biblioteca, os pequenos escritores, acompanhados de um membro da família para a apresentação do livro. Cada aluno leu o seu texto e pousou para o retrato, para registrar com as todas as pompas esta brincadeira séria de criança. Os pais liam o título e a criança contava a história, alguns por timidez, falavam baixinho, no entanto o brilho dos olhos e o largo sorriso inundavam de alegria os emissores e os receptores dessas histórias divertidas.
Enfim, o momento mais esperado: os autógrafos! Claro que os pequenos escritores não poderiam lançar o seu primeiro livro sem esse momento solene. Confesso que vê-los autografando os seus livros foi multigratificante. Primeiro, pela interação e a participação da família em sala de aula, seguida pelo diferencial e dinamismo daquela que tornou isso possível: a professora; depois pelo espaço onde isso aconteceu: a escola. Não qualquer escola, uma escola pública, onde reúne a maior diversidade de estudantes o que a torna obviamente melhor. E por fim, por saber que nessa escola, como a maioria das escolas públicas, muitos são os desafios, mas que no seu interior, em uma simples sala de aula, aprendizado é muito mais que uma meta pedagógica é real e possível.