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Escola Sensível ao Trauma é tema da segunda live da programação "Acolher e Educar"

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2905 ACOLHER E EDUCAR
A secretária-adjunta da Educação, Stefanie Eskereski, e a professora Letícia Grigoletto participaram da transmissão - Foto: Divulgação ASCOM Seduc

Dando sequência à série de ações de acolhimento e orientação da Secretaria de Educação (Seduc) junto com a comunidade escolar, a segunda live do Acolher & Educar foi realizada na manhã desta quarta-feira (29/05). Intitulado “Escola Sensível ao Trauma”, o evento contou com a presença da secretária-adjunta de Educação, Stefanie Eskereski, da professora Letícia Grigoletto e com a apresentação da professora Carolina Campos, fundadora do Vozes da Educação. A transmissão ocorreu no estúdio do Instituto de Educação General Flores da Cunha, em Porto Alegre.

Nas palavras de abertura, a secretária-adjunta ressaltou que o acolhimento escolar é um tema que a Seduc tem como foco desde antes dos eventos climáticos extremos. “Temos a preocupação de encontrar a melhor forma para engajar toda a nossa rede na sensibilização e percepção das necessidades estudantis. Sabemos que as realidades dos alunos, muitas vezes, não são as mais ideais. Precisamos, enquanto escola, fazer esse papel de acolhimento e auxiliar esses estudantes na superação de entraves que podem estar vindo lá de fora do ambiente escolar”, enfatizou Stefanie.

A live abordou a importância de uma escola que reconhece e responde aos traumas vividos por alunos e professores. “O trauma não é o evento climático em si, mas sim como ele foi percebido individualmente. Significa ser deixado sozinho com os sentimentos, com a dor vivenciada, que intoxica e afeta os comportamentos”, esclareceu Carolina.

A professora destacou que a escola deve ser vista como um espaço que vai além do aprendizado acadêmico, um lugar onde as pessoas precisam se sentir seguras tanto física quanto emocionalmente. "A escola é feita por pessoas. Se elas estão vivendo um momento difícil, a aprendizagem não acontece", afirmou.

Carolina Campos
A professora Carolina Santos, fundadora do Vozes da Educação, apresentou o tema sobre escola sensível ao trauma - Foto: Divulgação ASCOM Seduc

Campos discutiu como o trauma pode afetar o equilíbrio emocional e o desempenho escolar dos alunos, com indícios que se manifestam em irritabilidade, medos excessivos, falta de concentração e até mesmo em sintomas corporais, como dores de cabeça e problemas intestinais. Ela explicou que a segurança é um dos conceitos essenciais para garantir o bem-estar e que envolve aspectos emocionais, sociais e acadêmicos. "Por se sentirem frequentemente ameaçados e vulneráveis, estudantes traumatizados tendem a ser mais inseguros e desconfiados", destacou.

Com a proposta de pensar alternativas e sugerir soluções, Carolina Campos trouxe a prática da escuta ativa e da empatia. Ela reforçou que, na sala de aula, o ideal é não julgar os comportamentos dos alunos após um momento de crise, entendendo que muitas vezes são respostas a situações traumáticas. Campos indicou estratégias para lidar com alunos traumatizados, como ajudar na regulação emocional e substituir a punição por restauração.

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Acolher & Educar - Escola sensível ao trauma

Acolher & Educar é um conjunto de ações de orientação e compartilhamento da Seduc com a comunidade escolar para uma retomada acolhedora às escolas. Crédito: TV Seduc RS

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