Educação Indígena mobiliza comunidades Kaingang e Guarani em capacitação
Encontro, que ocorre até quarta (13), conta com a participação do escritor Daniel Munduruku
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Cerca de 100 educadores da rede estadual, que compõem o Núcleo de Educação Indígena Kaingang e Guarani, estão reunidos na Capital, nesta terça e quarta-feira, 12 e 13 de novembro, com o intuito de debater políticas públicas específicas e elaborar o calendário de 2020 nas escolas indígenas. O encontro, que ocorre no Auditório Paulo Freire, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), tem a participação do escritor Daniel Munduruku.
Ele, que é palestrante na 65ª Feira do Livro de Porto Alegre, faz uma reflexão da história do Brasil sob o ponto de vista dos povos originários. “O índio reproduzido pela literatura é um ser que não existe. É mais cômodo imaginar que nos vestimos como nossos antepassados do século 16 do que entender nossa verdadeira cultura e identidade”, explica.
O chefe da divisão de políticas específicas, do Departamento de Educação da Seduc, Rodrigo Venzon, fala da importância do encontro. “Nosso objetivo é qualificar profissionais das regionais para que multipliquem essa prática nas instituições de ensino. Além disso, este é um momento de alinhar os projetos para o próximo ano”, afirma.
Escolas indígenas
Ao todo, o Rio Grande do Sul tem 90 escolas indígenas e mais de 7.000 estudantes distribuídos nas regiões das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) de Porto Alegre, Pelotas, Santa Maria, Cruz Alta, Osório, Guaíba, Santo Ângelo, Erechim, Palmeira das Missões, Três Passos e Gravataí.