Coordenadoria visita escolas em São Sebastião do Caí
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Nesta quinta-feira (9), a titular da 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) visitou as Escolas Josefina Jacques Noronha e Paulo Freire, de São Sebastião do Caí. Na entrada da Escola Josefina, foi possível ver um alvoroço de crianças brincando com a mascote Laica. Laica, uma mistura de vira-lata e labrador, está completamente entrosada à rotina da escola, tanto que participa das aulas de Educação Física, ?jogando? bola com os alunos.
Aproveitando o momento das atividades ao ar livre, a coordenadora, Rosana Santos, anunciou a obra do ginásio de esportes. ?A obra está contemplada no primeiro lote do Plano de Necessidades de Obras (PNO) e garantirá esses momentos alegres mesmo em dias de chuva, frio e calor?, frisa.
A diretora, Magda Regina de Paiva, aproveitou a visita para mostrar as dependências da escola. ?Fizemos várias melhorias e aquisições com os recursos da autonomia financeira e do Programa Dinheiro na Escola (PDE)?, esclarece Magda. Exemplo disso é a sala de multimeios, que possibilita um planejamento mais diversificado aos professores e aulas mais interessantes para os 323 alunos da escola.
Na Escola Paulo Freire, a coordenadora aproveitou para visitar a sala multifuncional. Os alunos de inclusão de toda a região são recebidos neste espaço, que recentemente recebeu investimentos para modernizar o atendimento. Um exemplo desta modernização é o scanner leitor: uma máquina que ?lê? qualquer material escrito para o aluno cego. Há também, na sala, jogos adaptados, livros em braile, globo tátil, impressora braile (que facilita a produção de material didático), computador com softwares específicos (DOSVOX e NVDA) e máquina datilográfica em braille.
A professora especialista em educação especial, Naura Dutra Fagundes, além de atender diretamente os alunos cegos, atua também como tradutora. ?Eu traduzo as avaliações dos professores para o braile e depois traduzo as respostas dos alunos para a língua portuguesa?. Atualmente Naura atende a dois alunos cegos e um de baixa visão. Para o aluno do 2º ano do Ensino Médio, Luis Fabiano Soares da Silva, a sala de recursos permite o acesso irrestrito aos materiais escritos, mesmo aqueles escritos à tinta: ?agora não tenho mais barreiras?, comemora.
A coordenadora do Curso Normal, Maria José Fink, explica que os normalistas também recebem formação na sala multifuncional. ?Além disso, a escola propicia atividades de sensibilização para os professores e para os alunos, para que todos se incluam. Atividades como jogar bola com guizo (e venda nos olhos) ajudam os alunos a sentir como o cego se movimenta no mundo, que infelizmente é pensado para quem enxerga?, pondera.
A sala multifuncional será oficialmente inaugurada durante as comemorações do cinquentenário da escola, em agosto deste ano. A diretora, Priscilla Ledur, esclarece que, além dessa obra, há também o muro que está quase pronto. A Escola está no PNO, no segundo lote, e receberá outras melhorias, como é o caso da rede elétrica. ?Queremos fazer uma grande festa. A nossa escola é uma referência em toda a região e o próprio secretário de educação do estado, professor Jose Clovis de Azevedo, já estudou e trabalhou aqui?, informa.