O Conselho de Participação Estudantil (CPE), iniciativa da Secretaria da Educação (Seduc), está com nova composição para o ano letivo de 2025. Os novos líderes regionais foram oficialmente apresentados nesta terça-feira (13), em uma reunião online com a secretária Raquel Teixeira. O encontro marcou a passagem de bastão entre os representantes de 2024 e os recém-eleitos, reforçando o compromisso com a escuta ativa e o protagonismo juvenil nas escolas estaduais.

A seleção dos novos integrantes do CPE foi realizada em duas etapas. Na primeira, estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio participaram de eleições nas escolas, formando chapas em duplas. Para concorrer, era necessário ter ao menos 75% de frequência, autorização dos responsáveis (para menores de idade) e envolvimento em atividades extracurriculares.

Na segunda etapa, os líderes escolares passaram por uma seleção promovida pelas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), com propostas de ação e avaliações. Cada CRE escolheu dois representantes do Ensino Fundamental e dois do Ensino Médio, totalizando os 120 líderes regionais que agora integram o conselho em nível estadual, sendo 60 representantes de cada etapa de ensino.

Durante a reunião, a secretária Raquel Teixeira afirmou que o Conselho de Líderes Estudantis reafirma o verdadeiro propósito da educação: transformar vidas por meio da participação ativa dos estudantes. “Acreditamos nos professores, nos estudantes e no poder de transformação da escola”, destacou.

Na educação, área tratada como prioridade pelo governador Eduardo Leite, o propósito do governo é com o futuro do estudante, do professor e da sociedade. Nesse contexto, o conselho estudantil se consolida como um espaço essencial de escuta, construção coletiva e protagonismo juvenil na rede estadual. “O conselho é uma forma de ouvir vocês melhor e criar juntos caminhos para uma educação mais significativa”, completou a secretária.

A Coordenadora de Protagonismo Juvenil, Inovação e Equidade, Naomy Oliveira, lembrou que o CPE foi criado em 2024 para ampliar o diálogo com os estudantes, especialmente no contexto da crise climática. “Não é um canal de reclamações, mas de construção. Eles não são apenas consequência do que fazemos, são parte ativa do processo”, afirmou.

Ela destacou que os próprios estudantes ajudaram a desenhar a proposta do CPE, participaram de fóruns regionais e desenvolveram habilidades como liderança, empatia e oratória. Neste ano, a votação teve apoio de urnas eletrônicas e envolveu escolas de 30 CREs.

Ao longo do mandato de um ano, os integrantes do CPE participarão de formações sobre comunicação não violenta, oratória, storytelling, além de conhecer mais a fundo temas importantes para a SEDUC, para trazer propostas e representar os estudantes regionalmente, nacionalmente e internacionalmente. Além disso, terão oportunidades de intercâmbio com instituições de outros estados e acesso a mentorias.