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Capital sedia encontro de formação do Escola Ativa

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Educação para o Campo
Com o auditório Piratini do Hotel Embaixador lotado, começou na manhã desta segunda-feira (25) o primeiro módulo de formação de educadores do Programa Escola Ativa. Destinada a professores de escolas com classes multisseriadas de 130 municípios que aderiram ao programa federal em 2009, a capacitação se estenderá até sexta-feira (29), em um total de 40 horas. Até novembro, outros cinco módulos da formação terão sido desenvolvidos, num total de 240 horas. As formadoras que atuarão nesta etapa são professoras que já foram capacitadas e que atuam no programa desde 2008. O encontro desta manhã reuniu representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação ? RS (Undime), da Federação dos Trabalhadores em Agricultura (Fetag), de Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) além de secretários municipais de educação e professores. O público também assistiu a apresentação do coral juvenil Novo Brilho, da Escola Estadual Monsenhor Seger, do município de Travesseiro (3ª CRE - Estrela), que trouxe à Capital um grupo com 22 vozes, acompanhadas por violão, bateria, teclado e cordas. O Escola Ativa é um programa do Ministério da Educação implementado na rede estadual de ensino em parceria da Seduc com a UFRGS. A ideia é formar professores que atuam de forma multisseriada na área rural do Estado. Em 2011, a expectativa do Ministério da Educação é atender 3.350 escolas brasileiras, atingindo mais de 1,2 milhão de alunos. ?Uma das prioridades deste Governo é pensar a educação básica como um todo, desenvolvendo uma política educacional que pense no sujeito no seu tempo, no seu jeito, no seu local?, frisou a representante da Coordenação de Gestão da Aprendizagem do Departamento Pedagógico da Seduc, Ester Guareschi. ?A escola do campo precisa estar vinculada às realidades locais?, resumiu. Além das ações em execução, que recebem recursos orçamentários definidos em 2010, Esther anunciou que dois grupos de trabalho estão em andamento na Seduc. Um, trata da alfabetização no campo e na cidade. O outro, estuda a ação a ser implementada nas escolas do campo a partir de 2012, tendo como prioridade, além da recuperação da estrutura física das escolas, a valorização dos professores e dos profissionais que trabalham nas escolas do campo e da realidade dos alunos. A valorização da cultura local e regional também foi ressaltada pelo secretário de Educação a Distância da UFRGS, professor Sérgio Franco. Ele destacou que a escola multisseriada tem importância na história do Rio Grande do Sul, e que encontros de formação como o que está em curso permitem uma reflexão mais aprofundada tanto sobre as classes multisseriadas como sobre o papel da escola em comunidades rurais e o desenvolvimento das mesmas. ?Os professores que atendem em escolas multisseriadas podem ensinar muito sobre como lidar com a diversidade presente nas escolas?, enfatizou. A valorização da educação do campo também foi abordada pela presidente da Undime RS, professora Márcia Carvalho. ?Por muito tempo, quisemos levar o urbano para o rural, mas o urbano e o rural não vivem um sem o outro?. O Escola Ativa traz o conceito da Educação para o Campo, mais abrangente do que educação rural. ?Precisamos trabalhar, nos municípios e nas escolas, com a mesma perspectiva do programa: ele nos traz uma oportunidade de refletir sobre as várias realidades que compõem nossas comunidades; nosso papel consiste em mobilizar e articular outras instâncias dos municípios, pois a educação Do campo transcende a dimensão da escola?, frisou. Para Márcia, as escolas multisseriadas precisam ter uma política específica. ?Precisamos colocar uma lente de aumento no que é positivo e, o que é negativo deve ser debatido, visando aos ajustes necessários.
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