As escolas pertencentes ao programa Escola Aberta, Ayrton Senna da Silva e Vila Cruzeiro do Sul, de Porto Alegre estiveram expondo na praça central da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), nesta terça-feira (13), os trabalhos realizados por seus alunos no decorrer do ano em suas oficinas. Estas escolas possuem uma diferenciação em relação às demais escolas da capital. Seus alunos são crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Por meio do trabalho orientado pelos professores, recebem um tratamento diferenciado. Os alunos são desde meninos de rua, crianças de abrigos, até jovens encaminhados pelo Conselho Tutelar. O diretor da Escola Estadual de Ensino Fundamental Ayrton Senna da Silva, Adroaldo Ramos explicou que em sua escola o ensino é dividido em duas partes. ?Possuímos o núcleo comum que é de acordo com a base nacional de 1º até o 5º ano e o núcleo diversificado, que envolve as oficinas pedagógicas de desenho e marcenaria, música e dança, bijuterias, língua estrangeira entre outras?. Desde 1986 que a Escola Estadual de Ensino Fundamental Vila Cruzeiro do Sul trabalha com o projeto da Escola Aberta. A diretora Suzana dos Reis disse que os alunos não se adaptavam nas escolas com ensino normal e acabavam por desistir dos estudos, então surgiu a ideia de realizar um trabalho mais focado que pudesse atrair estes alunos que necessitam de maior atenção?. A Cruzeiro do Sul também trabalha com oficinas pedagógicas de artes, música, informática, cooperativa do pão e outras. Sobre a oficina ?cooperativa do pão? há de se destacar que foi a primeira oficina criada pela escola. Iniciativa da professora Maris Elena Farias, a cooperativa do pão é uma espécie de confeitaria onde os alunos produzem pães, biscoitos, bolos e demais produtos que tem como base a farinha trigo e depois de prontos comercializam na comunidade. ?Com o dinheiro das vendas, nós compramos as embalagens e demais ingredientes necessários para produção e também já conseguimos realizar passeios e outras atividades fora da escola?, ressaltou a professora. Maris Elena afirmou ainda que não é só a técnica do pão, envolve muitos valores como ecologia, higiene, cidadania e educação para o trabalho.