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Alunos destacam força da união em primeiro capítulo de Histórias pra Contar

Encontro contou com a participação de estudantes do 9º ano ao Ensino Médio

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Dyuliana, Gustavo, Mariana e Thiago estão entre o 9º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio - Foto: Seduc
Por Isabella Sander

No primeiro capítulo do projeto Histórias pra Contar, quatro alunos da Rede Estadual de Ensino contaram sobre suas experiências e aprendizados com as Aulas Remotas. Dyuliana, Gustavo, Mariana e Thiago, que estão entre o 9º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio, trataram de diferentes temas, mas convergiram em relação à força que a união entre colegas e professores traz para uma melhor educação.

Promovido pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc), por meio do Centro de Gestão e Inovação (Cegin) e do Departamento Pedagógico (DP), o projeto é composto por lives que têm como foco o engajamento para a prática do Modelo Híbrido de Ensino. As transmissões ocorrem sempre pelo canal do YouTube TV Seduc RS, a partir das 14h.

Nesta quarta-feira, 21 de outubro, será realizado mais um encontro, desta vez com alunos do 1º ao 6º ano do Ensino Fundamental. O encontro desta terça-feira, 20 de outubro, foi mediado pelo especialista e pós-doutor em Inovação, Márcio Machado, e pelo doutor e especialista na área da Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade pela UFRGS, Bruno Bittencourt.

Dyuliana Silva dos Santos cursa o 1º ano do Ensino Médio na Escola Patrulhense, de Santo Antônio da Patrulha. Ela relata que trocou de instituição de ensino neste ano, para fazer o Ensino Médio, e teve pouco tempo para conhecer a nova turma presencialmente. Com a plataforma Google Classroom, passou a entrar em contato diretamente com seus colegas, para tirar dúvidas sobre alguns temas tratados. Hoje, já desenvolveu amizade com uma das colegas. “Quando a gente percebe que a pessoa é legal, podemos mandar uma mensagem, perguntar como estão as aulas, se está precisando de ajuda. Foi assim que eu construí uma amizade”, destaca.

Gustavo Berg também está no 1º ano do Ensino Médio, no Instituto Angelina Maggi, em Três Cachoeiras. O estudante conta que nem sempre é fácil assistir às Aulas Remotas tendo irmãos pequenos em casa, mas que organiza seus estudos dentro dos horários mais viáveis e mantém o contato com colegas e professores. “Antes, eu tinha vergonha de abrir a câmera e falar, foi complicado no começo, mas fui me desenvolvendo e, agora, estou aqui, me apresentando para um monte de gente”, comenta, rindo.

Mariana Mota está no 9ª ano do Ensino Fundamental da Escola 11 de Abril, em Mostardas, e tem gostado das Aulas Remotas. “Eu fui atrás de todos os meus colegas, perguntei como estavam as aulas, se precisavam de alguma coisa, e alguns nem me responderam, acho que desistiram de estudar. Para quem respondeu, eu incentivei a ficar na aula, abrir a câmera, participar, que estamos no último ano e não faz sentido desistir agora”, recorda.

Thiago Brasil está no 3º ano do Ensino Médio da Escola Padre Simão Moser, também em Mostardas. Ele reconhece que, para a sua turma, foi um grande susto enfrentar uma pandemia justamente no último ano de escola, mas que a participação nas aulas tem sido grande entre seus colegas. “Eu venho auxiliando, na medida que posso, colegas e professores. No começo, alguns professores estavam com receio de fazer as aulas pelo Google Meet, mas ficamos incentivando e hoje eles fazem”, diz.

O apoio aos docentes também é mencionado por Gustavo. “Sempre vejo alunos ajudando os professores que têm mais dificuldade de se adaptar às novas tecnologias, e essa troca eu acho muito incrível”, ressalta. O estudante considera que a evolução no aprendizado sobre recursos digitais foi muito grande nos últimos meses.

Para Dyuliana, uma grande mudança entre antes e depois da pandemia é o jeito como se estuda. “Quando estávamos na escola, tínhamos a ajuda dos professores, e, quando estamos em casa, às vezes a gente não consegue, não entende alguma coisa. Mas os sites de busca estão ajudamos, podemos pesquisar sobre os conteúdos”, observa. No retorno às Aulas Presenciais, a aluna espera poder somar os dois recursos: ter a ajuda dos professores e, como retaguarda, poder usar o celular para pesquisas.

A adolescente diz, ainda, que é preciso estudar pelo aprendizado, e não para obter respostas para uma prova. “Temos que tentar entender por que aquilo é importante e agradecer pela oportunidade. Eu, por exemplo, tenho muito privilégio, tenho um quarto só meu, um computador, e quero fazer por merecer”, salienta.

Thiago revela que sempre gostou de estudar e acredita que, se tem a oportunidade, deve ajudar outras pessoas. “Não adianta nada ficar só para mim com o conhecimento. Temos que estudar por amor, por disciplina, porque o conhecimento ninguém vai tirar da gente”, pontua.

Mariana destaca que é preciso buscar mais ferramentas, olhar vídeos, pesquisar textos, quando se tem dúvidas, sem deixar para lá. “Temos que ter metas e objetivos, para lutar para conseguir o que queremos”, defende.

Segundo Gustavo, muita gente faz planos para o futuro, mas não quer estudar. “Se não estudar, não vai ser nada. Este é o momento de absorver o conhecimento. Nunca sabemos quando vamos precisar daquele conhecimento. A pandemia veio como uma onda do mar, a gente tomou uns caldos, mas estamos vivos. A profissão que eu posso escolher daqui para frente pode não existir no futuro, então temos que estar com a cabeça aberta sobre quais podem ser as novas profissões”, avalia.

Projeto Histórias pra Contar

O projeto “Histórias pra Contar” é promovido pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc), por meio do Centro de Gestão e Inovação (Cegin) e pelo Departamento Pedagógico (DP). Os encontros começaram nesta terça e quarta-feira, 20 e 21 de outubro, tendo como foco o debate com os estudantes. As transmissões ocorrem sempre pelo canal do Youtube TV Seduc RS a partir das 14h.

A segunda etapa, com foco no debate para os professores, ocorre nos dias 27 e 29 e outubro com a participação de quatro especialistas: Paulo Sérgio Fochi, Gustavo Severo da Borba, Bruno Bittencourt e Dinara Dal Pai.

Programa Jovem RS Conectado no Futuro

O Jovem RS Conectado no Futuro é um programa estratégico que define as ações gestão e inovação da Secretaria Estadual da Educação. A iniciativa promove o protagonismo do estudante por meio do empreendedorismo, da inovação e da criatividade nas escolas da rede.

A iniciativa conta com instituições parceiras como o Sebrae-RS, Unisinos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Riograndense (IFSul), Educadigital, Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa (RBAC), Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, entre outros.

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