Aldeia Indígena Kaingang lança livro infantil
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A 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), através da coordenadora de recursos humanos e diretora da escola Kaingang, Ana Cristina de Oliveira, esteve presente no lançamento do livro ?As aventuras do indiozinho Bretã?. O evento foi realizado na própria aldeia indígena Ketyjug, localizada próxima à rodoviária de Santa Maria. Na ocasião, estiveram presentes representantes de entidades cíveis, públicas e privadas do município, bem como, movimentos sociais, sindicais e da liderança da aldeia Guarani localizada no Distrito Industrial, cacique Genício Borges Timóteo.
Segundo o cacique da aldeia, Augusto Ôpe da Silva, a ideia do livro junto a seu filho Natanael Claudino, surgiu da necessidade de inserir sua cultura em um contexto social no município de Santa Maria. A história fala sobre um indiozinho curioso que saiu de sua aldeia e foi para o centro da cidade, o contexto, demonstra um novo mundo. ?Quando tivemos a ideia procuramos a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (Sedufsm) para nos ajudar na criação e elaboração do livro, e eles gostaram muito da ideia. Esse é mais um passo da nossa luta. Precisamos que a sociedade brasileira aprenda a trabalhar com a diversidade e nos aceitem, acredito em um mundo sem preconceito, onde todos se amam e são unidos?, ressalta.
Durante o evento houve interação social com alunos do Núcleo Infantil Ipê Amarelo, que funciona no campus da UFSM. Os indígenas também apresentaram um painel de fotos que tratava do dia-a-dia, da história e cultura do povo.
Para a Ana Cristina, essa ideia foi genial, pois como as crianças na escola aprendem duas línguas os organizadores trabalharam nas duas versões. ?O livro ficou lindo, mais um incentivo aos alunos?, destaca.
A escola Kaingang, que tem o nome de seu líder maior, Augusto Ôpe da Silva, possui 17 alunos e dois professores, um indígena e outro não-indígena. Neste ano, também promove a primeira turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) voltada para a Educação Indígena.
Na comunidade vivem 15 famílias que sobrevivem dos trabalhos manuais e da terra.