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Professora da UFRGS avalia programa do Governo do Estado

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Alfabetização e Letramento
A professora Ivany de Souza Ávila, da UFRGS, é uma das palestrantes dos Seminários Regionais sobre alfabetização e Letramento que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) realiza até o início de julho em todo o Estado. A professora analisa o programa a partir de conceitos da Psicogênese da língua escrita, da teoria do desenvolvimento de Piaget e da consciência fonológica. Nesta segunda-feira (6), ao agradecer à oportunidade de falar aos educadores, demonstrando-se emocionada, a professora declarou-se entusiasmada com o programa. ?Aposto, sim, neste programa, acho que vamos avançar com esta proposta, que coloca a secretaria ao lado do professor, diminuindo a solidão que ele possa sentir?, declarou. A professora contou a própria história, para ilustrar o apoio à proposta da Seduc. Professora alfabetizadora da primeira série, Ivany enfrentou na primeira turma com quem trabalhou a frustração de ter 50% da classe não alfabetizada ao final do ano. ?Eu trabalhava com uma cartilha linda, produzida por professoras da minha escola normal, eu era boa professora, porque acreditava no que eu fazia, e fui percebendo que o tempo ia passando e as minhas crianças não estavam se alfabetizando, fui atrás de ajuda, buscando respostas para as minhas dificuldades, porque eu sabia que eu estava falhando, assim foi que me tornei pesquisadora em alfabetização.? As respostas para os questionamentos sobre o processo de aprendizagem vieram anos depois, quando a professora entrou em contato com a teoria de Emília Ferrero, no livro A Psicogênese da Língua Escrita, e Ana Teberosky. ?As crianças pensam sobre a língua escrita, e é necessário pensar sobre as relações que a criança estabelece com o mundo da escrita?, resume a pesquisadora. Para Ivany, ?as crianças são facilmente alfabetizáveis, basta que seus momentos de aprendizagem sejam levados em consideração pelos educadores, e depende da forma como a língua escrita é vivida.? Psicogênese A Psicogênese da Língua Escrita é termo desenvolvido pela psicolinguista argentina Emilia Ferreiro para apresentar a concepção de sobre o processo de alfabetização que não apresenta método pedagógico, mas revela os processos de aprendizado das crianças. Ivany Ávila enfatiza que a história da alfabetização pode ser dividida em antes e depois de Emilia Ferreiro e da Psicogênese, Ela provocou o público: ?O que significa dizer crianças com dificuldade de aprendizagem? Quais crianças? Quais dificuldades? Quais aprendizagens??, indaga a professora. Letramento e Progressão Um projeto de letramento precisa conter um conjunto de atividades que se origina do interesse real na vida dos alunos. Fracasso e Progressão ?Não existe fracasso escolar?, define a professora. Por isso, a ideia dos três anos que se mostram como um bloco, uma sequencia, é muito feliz para a professora. No que a reprovação ajuda as crianças a aprenderem? A serem mais felizes? A se desenvolverem como seres humanos?? Para a professora, que tem uma luta antiga contra a reprovação, compreender em que momento as crianças estão é fundamental para o êxito da alfabetização. Crianças pequenas não monitoram suas aprendizagens, elas não podem ser responsabilizadas por suas ?não aprendizagens??, enfatiza a professora e pesquisadora, encerrando sua palestra.
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