Live marca o Dia Mundial do Meio Ambiente com foco na educação climática
Transmissão reforçou o papel da escola na reconstrução ambiental e na formação cidadã.
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Em um momento em que o Rio Grande do Sul ainda vivencia os impactos da maior tragédia climática de sua história, a Secretaria da Educação (Seduc) promoveu, nesta quinta-feira (5/6), uma live especial em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Com transmissão diretamente pelo canal do YouTube da Seduc, o encontro reuniu professores, estudantes e integrantes do comitê estadual da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) e reforçou o papel fundamental da escola na formação de uma consciência ambiental crítica e transformadora.
A transmissão foi conduzida por Sherol dos Santos, diretora do Departamento de Desenvolvimento Curricular da Educação Básica da subsecretaria de Desenvolvimento da Educação, que destacou a importância da educação climática como eixo estruturante no currículo escolar. Segundo ela, diante da intensificação dos eventos extremos, é papel da escola formar sujeitos críticos e engajados com o tempo em que vivem.
“A Matriz Curricular 2025 parte do princípio de que a educação ambiental não pode ser tratada como um conteúdo isolado, mas como uma prática integrada, conectada aos direitos humanos, às relações étnico-raciais e à dignidade de todas as pessoas, independentemente de onde vivem ou de como foram afetadas pela crise”, afirmou.
A live trouxe relatos inspiradores de práticas pedagógicas voltadas à sustentabilidade. Os professores Kelvin Fontela, do Instituto Estadual Arneldo Matter, em São Borja (35ª CRE), e Leonardo Fernandes, da Escola Estadual Adolfo Manica, compartilharam projetos desenvolvidos com os estudantes a partir da realidade de cada território.
No município da Fronteira Oeste, Kelvin mobilizou as turmas em torno do projeto Lixo Eletrônico: números que poluem, unindo matemática e educação ambiental em atividades práticas de levantamento e reaproveitamento de resíduos tecnológicos.
Já Leonardo, na região carbonífera, destacou o impacto do projeto Vida no Campo, que envolve ações sustentáveis e o fortalecimento da relação dos alunos com o espaço onde vivem. Ambos enfatizaram o protagonismo estudantil como força propulsora das mudanças em suas comunidades escolares.
Iniciativas nos territórios e vozes da Conferência
Ao longo da transmissão, o público acompanhou registros de ações realizadas em diferentes regiões do Estado, como plantio de hortas, criação de viveiros, mutirões de limpeza e outras práticas de cuidado com o meio ambiente. A diversidade das iniciativas, organizadas por escolas vinculadas às Coordenadorias Regionais de Educação, evidenciou o potencial da rede estadual em construir uma educação ambiental enraizada nos territórios e conectada com as urgências do presente.
Outro momento de destaque foi a participação dos estudantes que representaram o Rio Grande do Sul na etapa nacional da IV Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, realizada nos dias 2 e 3 de junho, em Belém (PA).
Em vídeos gravados durante o evento, os seis delegados – Artur Nunes (2ª CRE), Victória Luisa Daniel e Silva (7ª CRE), Alef Cainã Martins Bueno (20ª CRE), Bruno Silveira da Silva (10ª CRE), Letícia Silva Pinheiro (13ª CRE) e Cassandra Costa Neves (8ª CRE) – relataram suas experiências na conferência e reafirmaram o compromisso com ações concretas em suas escolas e comunidades.
A transmissão também trouxe orientações práticas sobre a 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que será realizada de 6 a 11 de outubro, em Brasília, com o tema “Vamos transformar o Brasil com educação e justiça climática”. Para chegar até lá, cada escola da rede precisa passar por etapas fundamentais que começam com a mobilização interna.
A primeira delas é a criação da Convida — Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola — uma estrutura permanente que envolve estudantes, professores, funcionários e comunidade na construção de ações ambientais. A partir da Convida, a escola pode organizar sua etapa escolar da conferência, promovendo um espaço de escuta e protagonismo juvenil.
Nessa etapa, os estudantes desenvolvem projetos, discutem soluções locais para questões ambientais e escolhem representantes — um titular, um suplente e um(a) professor(a) orientador(a) — para as próximas fases. As escolas têm até 30 de junho para realizar sua conferência interna e até 4 de julho para registrar a participação no site do Ministério da Educação (MEC), com documentação como ata, fotos e o projeto selecionado.
“Trata-se de um processo simples, que pode ser conduzido com criatividade e engajamento da comunidade escolar. O essencial é garantir que os estudantes sejam ouvidos e que suas ideias tenham espaço para se desenvolver”, explicou a professora de história Letícia Araújo.
O professor Eduardo Almeida reforçou a importância do registro após a realização da conferência. “É fundamental que as escolas façam o registro oficial o quanto antes, pois isso assegura a visibilidade do trabalho realizado pelos estudantes e pela comunidade escolar. Quanto mais transparência e documentação, maior a chance de fortalecer esse movimento de participação juvenil e garantir que as propostas avancem para as etapas seguintes”, destacou.
Para saber mais sobre a VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, basta acessar este link.
Assista a live completa no Canal do Youtube da TV SEDUCRS ou no player abaixo.
Live da Seduc, marcando a data do Dia Mundial do Meio Ambiente com destaque para as ações de educação ambiental realizadas pelos estudantes das escolas estaduais
Crédito: TV Seduc RS
Educação e Meio Ambiente | Dia Mundial do Meio Ambiente