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Alfabetização a partir de cores, pesquisa, desenho e leitura

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Boas Práticas
Uma das atividades dos seminários de alfabetização regionais que a Secretaria de Estado da Educação realizou entre maio e julho no Estado é a socialização de práticas educativas. A cada encontro, as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) envolvidas no evento reúnem boas práticas e, em mesas de trabalho, essas práticas são socializadas e têm o embasamento teórico analisado e discutido por professores e professoras convidadas. Nesta matéria, apresentamos as experiências de Ijuí, trazidas à mesa mediada pela professora Patrícia Moura Pinho, da Unipampa. Prática 1 ? Experiências de Alfabetização Em 30 anos de sala de aula, a professora Nair Duarte da E.E.E.F. Madre Catarina Lépori (Santo Ângelo, 14ª CRE) vivenciou variadas metodologias de trabalho e refletiu sobre a prática e o processo ensino-aprendizagem. A partir de determinado momento, ela conta, passou a observar mais o aluno e o seu processo de aprendizagem. Da observação, a professora concluiu: ?chegara a hora de mudar, além da prática, a minha visão sobre a capacidade da criança aprender, deixando de subestimá-la, acreditando em suas potencialidades?, enfatiza. A prática apresentada consiste em um trabalho dirigido utilizando as cores como recurso. A professora observa que a criança, ao pintar, melhora a sua coordenação motora e atenção, a sua observação sobre a escrita, estabelecendo relações entre cores, escritas e desenhos, além de elevar a autoestima quando escreve os nomes dos desenhos sem auxílio do professor. O trabalho em sala de aula é realizado em pequenos grupos de quatro alunos, com níveis diferentes para que haja a troca de conhecimentos. São realizadas quatro aulas-entrevista para acompanhar o progresso do aluno fazendo intervenções quando necessário para a sua aprendizagem. No final do ano, o material ? a história da escrita da criança ? é reunido e entregue ao aluno como um documento único e pessoal. Partindo do princípio de que alfabetização deve proporcionar prazer e dar suporte às certas temáticas e não somente decodificar palavras o que empobrece a Língua Portuguesa, por ser apenas um dos conteúdos da Alfabetização, ela passou a utilizar a poesia nas atividades, com resultados satisfatórios. ?Atualmente o trabalho é centrado em proporcionar, por meio de questionamentos, oportunidades para que a criança estabeleça relações de semelhanças e diferenças e aprender num piscar de olhos, pois é o que acontece?, diz a professora, salientando que o avanço na aprendizagem acontece no modo como o educador conduz o seu trabalho. Prática 2 ? Histórias a contar O Instituto Estadual de Educação Guilherme Clemente Köehler (Ijuí, 36ª CRE) tem como tema gerador: ?Escola: Histórias para Contar e Criar...? A partir deste tema, a prática da professora Lourdes Regina Gargão Goi, a Lurdinha, foi construída para trabalho com a turma do 2º ano. Aproveitando a literatura que uma aluna trouxe para leitura em classe (?Os Três Porquinhos?), os alunos foram desafiados a entrevistar os integrantes de suas famílias destacando o espaço de moradia de cada um: rua e bairro onde mora, local da casa que mais gosta de ficar, com qual material a casa foi construída, quem construiu, quantas pessoas moram na casa, se possui plantas e animais. Também foi solicitado que observassem a casa e fosse feito o registro, em desenho, de como ela é. Seguiu-se a produção de gráficos, explorando o bairro de moradia, as ruas e locais das casas preferidos pelos estudantes. O entorno da escola foi objeto de estudo e, depois, o pátio da mesma foi alvo da atenção das crianças. Os alunos tiveram noções de geografia, com a utilização de mapas. O passo seguinte foi uma análise das crianças em relação ao cômodo preferido das suas casas e o tema foi discutido em sala de aula e relacionado à arte, por meio da obra ?O Quarto? do pintor holandês Vincent Van Gogh, destacando cores, detalhes, objetos. As crianças foram desafiadas, então, a realizarem a releitura da obra, representando com desenho, o seu quarto, objeto destacado na pesquisa. Prática 3 ? Minha escola lê A prática que vem de Três Passos (21ª CRE) foi desenvolvida por professoras da educação infantil e anos iniciais do Instituto Estadual de Educação Érico Veríssimo. O objetivo foi desenvolver a prática da leitura no contexto escolar, fomentando processos contínuos para formação de leitores. A metodologia utilizada incluiu implantação da hora da leitura semanal, visita de autor (Paulo Bocca) e estudo de sua obra e produção de um livro de histórias. A prática também possibilitou parceria com o curso Normal para contação de histórias, elaboração semanal de painéis de incentivo à leitura, desfile cívico com o tema do projeto, sensibilização, produção de marcadores de páginas e divulgação dos trabalhos no site da Escola. Entre os resultados obtidos destacam-se aumento na procura por livros na biblioteca da Escola.
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