A manhã do primeiro dia do Seminário da Educação Profissional e Tecnológica no Estado continuou com o painel “Políticas Públicas e os Modelos de Governança na Construção de uma Educação Profissional para a Nova Geração”. O debate contou com a presença do Secretário de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), Cláudio Gastal; o Secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia (SITC), Alsones Balestrin e o Diretor de Inovação e Projetos Estratégicos da Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda (STER), Jorge Imperatore. A mediação do diálogo foi realizada pela Secretária Adjunta de Educação, Stefanie Eskereski.

A expansão e o fortalecimento da educação profissional no âmbito estadual, o papel do poder público nesse planejamento, a integração, a valorização do ensino técnico e a qualificação dos profissionais foram alguns dos temas propostos para a discussão pela mediadora Stefanie Eskereski. Outros tópicos abordados pelos convidados foram a importância da requalificação profissional e da inclusão tecnológica para possibilitar novas opções de trabalho, assim como o futuro do mercado de trabalho.

Em suas falas, o Secretário da SPGG, Claúdio Gastal, falou sobre a importância de enxergar o ensino profissional como uma alavanca no aumento de produtividade do Estado e do papel da governança no processo. “Trabalhamos com a capacidade de avaliar sistematicamente os números atuais, direcionar o rumo da gestão com precisão e, então, monitorar os resultados para desenvolver diferentes potencialidades regionais do Rio Grande do Sul”, conta. Gastal reforçou, também, a necessidade de “furar a bolha dos jovens” para que eles consigam enxergar novas perspectivas para o seu futuro.

Para Alsones Balestrin, Secretário da SITC, ao falar da educação, se fala de um ciclo longo. Ele ressalta que é preciso pensar nas profissões que serão relevantes para o mercado de trabalho daqui a 10 anos. “Pensemos no impacto da tecnologia que está avançando em todas as áreas. Trabalhar na formação técnica de pessoas com habilidades que possibilite a coexistência com as máquinas é uma necessidade. O estudante, desde a educação básica, precisa ter noções de habilidades que envolvam o pensamento lógico”, comenta. Balestrin falou, também, sobre os benefícios de um trabalho integrado entre as secretarias. Segundo o secretário, “a educação precisa ser um esforço de todos”.

A busca pela integração, aumento da competitividade das empresas e dos profissionais e uma inter-relação entre as necessidades do mercado de trabalho do mundo contemporâneo com as instâncias da educação foram alguns dos nortes da fala do Diretor de Inovação e Projetos Estratégicos da STER, Jorge Imperatore. “Buscamos entender melhor as características do novo mercado trabalho, que busca pessoas tecnicamente qualificadas e com noções de gestão, empresárias de si mesmas.  Para isso, é importante o diálogo com a iniciativa privada, convidando para participar da construção de cursos e do processo de qualificação. Precisamos criar um espaço inclusivo e de valorização ensino profissionalizante e entender o poder revolucionário da governança nesse processo”, comenta.