Semana do Estudante: ex-aluno da Rede, Felipe já conheceu 11 países com seus projetos científicos
Participação em eventos começou quando o jovem cursava o Ensino Médio na Fundação Liberato Salzano
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A vida de viagens e projetos científicos começou cedo para Felipe Machado, de 26 anos. Em seu primeiro ano na Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, aos 14, já participou da Mostratec, tradicional feira de ciências da instituição, com um projeto no qual explorava a influência do esporte na saúde de pessoas com deficiência visual. Ele cursava Técnico em Mecânica, em paralelo ao Ensino Médio. No 3º ano do Ensino Médio, aos 16, desenvolveu um projeto no qual criava tábuas feitas a partir de tubos de pasta de dente.
O engajamento de Felipe lhe rendeu uma série de reconhecimentos, como o 1º lugar no Prêmio Petrobras de Inovação Tecnológica, em 2010; o 3º lugar na Olimpíada Internacional de Projetos Ambientais, em 2011, na Turquia; o 1º lugar na Olimpíada Internacional de Meio Ambiente e Sustentabilidade, em 2012, na Holanda; o Prêmio Jovens Inspiradores, em 2013, junto a outros dois jovens; e o 1º lugar na Competição de Renault Twizy, em 2019, na França. Em conferências, ele conheceu 11 países, dentre eles Israel, Panamá e Estados Unidos.
Para o jovem, a oportunidade de participar de uma Olimpíada Internacional tão cedo, aos 15 anos, através da Fundação Liberato Salzano, foi um grande estímulo para seguir atuando em projetos e aprender inglês, que estudou em cursos pela internet. “Foi muito estimulante representar o meu país, além da troca cultural, dos idiomas que conhecemos, das músicas, das culturas. É tudo muito interessante, poder vivenciar na pele, com os próprios olhos”, destaca.
Além dos aprendizados para a vida, a experiência com viagens e prêmios, ocasionados pelas feiras de ciências, agregou valor ao currículo de Felipe, antes estudante de Engenharia Química e, hoje, formado em Design, trabalha como UX Analyst da Arezzo&CO. “Me deu autonomia, me ensinou a trabalhar com grupos interdisciplinares e me fez desenvolver soft skills, como me comunicar melhor e para diferentes públicos”, pontua.
Para o profissional, a feira de ciências impulsiona essas habilidades ao submeter o aluno à pressão de uma banca, na qual a linguagem científica é demandada, e também à do público visitante, para o qual o pensamento científico precisa ser “traduzido”. A organização dos pensamentos é outra herança que as feiras de ciências deixaram para Felipe. “Nos projetos, trabalhamos muito com cadernos de campo, em que vemos quais as nossas dificuldades e descobertas, e isso eu adotei para a minha vida, tudo com base no que eu vivi lá no Ensino Médio”, conta.
Todas as experiências do designer foram gratuitas. “Conheço 11 países e nunca paguei por nenhuma viagem e minha formação foi com bolsas de estudos. Existem oportunidades, é possível usar a internet para o bem”, observa.