Os dois gestores de instituições de ensino dos Estados Unidos que, desde o dia 6 de agosto, estavam no Rio Grande do Sul conhecendo o funcionamento de escolas estaduais, participaram nesta sexta-feira, 17, de uma videoconferência com coordenadores pedagógicos da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) e professores das escolas visitadas. Reunidos em São Paulo, onde se encontraram com outros seis colegas norte-americanos que viajaram para as regiões Norte e Nordeste, Sam Adamo e James Egaan fizeram uma avaliação positiva dos cinco dias que passaram em solo gaúcho. Diretor da Loudon County Public School, da Virginia, Adamo disse que o Brasil já era seu conhecido. Ele esteve aqui por três vezes, ao longo dos 70 e início dos 80, e disse ter percebido muitas diferenças, sobretudo em função do momento político que o país vivia, naquela época. Sobre o motivo da visita, o norte-americano percebeu semelhanças entre os modelos de ensino de lá e cá. ?Nos Estados Unidos, os professores trabalham de 6 a 8 horas diárias e no Brasil, de 4 a 8 horas?, disse Sam Adamo. Dificuldades com recursos humanos também existem nos EUA, como aqui, mas ?o trabalho, a garra e a dedicação dos professores gaúchos me deixaram impressionados?. Já James Egaan, vice-diretor da Southwestern High School, do Kentucky, contou que, em seu país, os alunos têm aula das 7h ao meio-dia, quando recebem almoço, e na parte da tarde, podem escolher se retornam para casa ou se permanecem na escola realizando atividades complementares, como esportes e cursos extracurriculares. O roteiro de visitas às escolas, elaborado pela Seduc, contemplou diversas realidades sócio-econômicas. Eles começaram pela Escola Técnica Agrícola, na zona rural de Viamão. Em Porto Alegre, passaram pelas Escolas de Ensino Fundamental Oscar Schmidt, da Ilha Grande dos Marinheiros, Daltro Filho, no bairro Auxiliadora, e de Ensino Médio Anne Frank, no Bonfim. Também foram a Bom Princípio visitar a Escola de Ensino Fundamental Pio XII, no centro do município de 11 mil habitantes.