Escola de Santo Antônio da Patrulha expõe trabalhos sobre Meio Ambiente em museu da cidade
Crianças e professora desenvolveram composteiras, jogos e artigos de decoração com materiais recicláveis
Publicação:

Os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental 12 de Outubro (11ª Coordenadoria Regional de Educação - Osório), localizada em Santo Antônio da Patrulha, terão a oportunidade de expor as atividades realizadas em sala de aula no Museu Antropológico Caldas Júnior. A iniciativa é uma parceria da escola com a Prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, e busca incentivar os estudantes a práticas sustentáveis e de cuidado com a natureza. Utilizando materiais recicláveis, as turmas do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental produziram porta-retratos, jogos, brinquedos, flores de papelão e lixeiras de coleta seletiva. Além disso, elas também trabalharam literatura e poesia com os temas de reciclagem e construíram composteiras na instituição e em suas casas.
Os resultados dessas criações poderão ser conferidos, junto com outros de diferentes escolas da região, na exposição Trabalhos Ambientais até o dia 23 de julho, com agendamento de horário. Segundo a diretora do colégio e apoiadora do projeto, Eliane Moura, os estudantes ficaram muito honrados com o convite. “É uma projeção para eles, para a professora e para nossa escola também. Todos atuaram com muita dedicação”, ressalta. A recepção dos alunos foi uma grata surpresa na visão da diretora, pois ela pensava que eles iriam demorar a se interessar pela proposta. “Eu já realizei essa mobilização em outras escolas que atuei, porém, esses alunos nunca participaram dessa exposição, pensei que não iriam se empolgar, mas foi o contrário”, conta.
Segundo ela, é importante destacar que essa não é uma ação pontual da instituição, uma vez que o acúmulo de lixo e os impactos ambientais que tanto fazem mal à sociedade e à natureza são complexos e duradouros. “Os alunos estão aprendendo a ter consciência do que está ao redor deles. O lixo gera renda, por exemplo. Existem pessoas que sobrevivem da reciclagem. Então, os resíduos precisam estar bem separados para não prejudicarem o trabalho dos catadores”, explica. Eliane pondera ainda que os estudantes já estão sendo preparados para refletirem sobre o Rio do Sinos, um local com áreas de poluição e de pesca. “O rio corta a comunidade, é o nosso dia a dia”. A ideia, agora, é estender o projeto para as séries finais do Ensino Fundamental.
A professora Marizete Peixoto, que conduziu o projeto com os alunos, considera que, após apresentar os vídeos de cidades alagadas e de rios poluídos por conta do lixo, eles tiveram muita autonomia durante o processo de confecção dos artefatos reciclados, outra característica interessante do projeto. “Eram os estudantes que diziam o que dava para fazer com os materiais, muitas ideias partiram deles. Hoje em dia, com o acesso à internet, eles visualizam o que é possível realizar, todo mundo sabe que é viável. O difícil mesmo é conscientizar, esse é o nosso objetivo”, reflete. Eles ainda desenvolveram instrumentos com garrafa pet para que pudessem aproveitar a situação e comemorar as festividades de São João. “Construímos tudo na linguagem deles”, conclui.