Na manhã desta quinta-feira (23), a Secretaria de Educação (Seduc) apresentou uma live abordando o acolhimento nas escolas e as orientações à comunidade escolar após os eventos climáticos extremos, como as enchentes e inundações que atingiram o Estado.

A transmissão foi realizada no Centro Administrativo de Contingência (CAC), em Porto Alegre, contando com a participação da secretária de educação, Raquel Teixeira; da secretária-adjunta da pasta, Stefanie Eskereski; do subsecretário de Desenvolvimento da Educação, Marcelo Jeronimo; da Subsecretária de Governança e Gestão da Rede Escolar, Neri Barcelos; do Superintendente da Educação Profissional, Tomás Collier; do Subsecretário-adjunto de Infraestrutura e Serviços Escolares, Rômulo Saraiva; além do Subsecretário de Planejamento e Gestão Organizacional, Diego Ferrugem.

Durante o encontro, o primeiro entre uma série de lives que serão realizadas para orientar a comunidade escolar, foi apresentado um quadro geral da situação das escolas estaduais. A secretária Raquel Teixeira ressaltou que a crise climática traz desafios para garantir o direito à educação, exigindo capacidade de adaptação e cuidado com o acolhimento.

“A Seduc possui duas premissas básicas para o retorno às aulas. A escola precisa ter estrutura física, equipamentos, fornecimento de água e energia elétrica e, principalmente, condições seguras para professores e servidores. As instituições de ensino também precisam ser acolhedoras neste momento, ou seja, terem um olhar sensível e humano diante de situações vivenciadas durante a crise climática. Por isso, todas as escolas receberam materiais de acolhimento, com orientações pedagógicas”, explicou a secretária.

O impacto das enchentes nas escolas foi um dos principais pontos de discussão. Conforme a secretária, as instituições de ensino atingidas perderam não apenas estrutura, mas também documentação. Diante desse cenário, a Seduc trabalha com medidas para atender às necessidades do momento, com cinco eixos de atuação, focados na infraestrutura, no pedagógico, no serviço de apoio, nos servidores e no planejamento de rede.

As iniciativas apresentadas na live envolvem o levantamento de informações de servidores afetados pela enchente. Também está sendo realizado o cadastramento das pessoas que estão em abrigos para permitir o cruzamento de dados e mapear quais alunos e professores estão desabrigados.

Em um segundo momento do encontro, a professora Carolina Campos, diretora executiva do Vozes da Educação e consultora Unesco na área de trauma e combate à violência no ambiente escolar, conversou sobre acolhimento e escolas resilientes. Na sua fala, foram debatidos conceitos de abordagem sensível ao trauma, mostrando como uma situação de catástrofe climática pode se manifestar dentro da sala de aula por meio de medos, angústias e estresses.

“Quando uma sociedade está saudável, a gente percebe os sinais nas crianças e adolescentes, que voltam a sorrir, rir e interagir. O papel da escola é fundamental para mostrar o que há de mais humano em nós. As pessoas que conseguem levar arte, cultura, música para dentro do ambiente escolar diante de uma situação de crise podem salvar, fazendo com que os alunos e professores se sintam melhores, acolhidos”, afirmou Carolina.

Mais de 3 mil pessoas, entre professores, servidores da educação e alunos, acompanharam a live ao vivo. Os encontros de orientação seguirão nas próximas semanas, com transmissão pelo canal TV Seduc RS.

Próximas lives:

Orientações Pedagógicas | Quarta-feira (29/5)

Obras e Administrativo | Terça-feira (4/6)

Recursos humanos | Quinta-feira (6/6)