Até sexta-feira (29), professores, supervisores e responsáveis pelo desenvolvimento dos programas ?Acelera Brasil? e ?Se Liga? na rede estadual de ensino participam de capacitação em Correção de Fluxo. Os capacitadores são professores que representam seis Coordenadorias Regionais de Educação (CREs). A formação está sendo desenvolvida em dois turnos, manhã e tarde, no Campus do Centro Universitário Uniritter de Porto Alegre, no bairro Alto Teresópolis. Cerca de 150 professores, supervisores e responsáveis pelos programas em 17 CREs participam da formação. Os programas Acelera Brasil e Se Liga têm como objetivo diminuir a defasagem série-idade de alunos com no máximo 14 anos e é desenvolvido na rede estadual de ensino em parceria da Secretaria da Educação com o Instituto Ayrton Senna de São Paulo. A gerente de projetos do Instituto, Nelma Batista da Silva, acompanha a atividade em Porto Alegre. ?Nossa expectativa é de que o Estado, que já tem a experiência, avance cada vez mais, até zerar a defasagem?. Para ela, o fim da defasagem idade-série em redes de ensino decorre de duas atividades paralelas: uma ação emergencial, dirigida especificamente a alunos com esta defasagem, e a qualificação do ensino regular. De acordo com a gerente de projetos do Ayrton Senna, a adoção do programa de progressão continuada em alfabetização e letramento no 1º ao 3º do Ensino Fundamental, em implementação na Seduc, é um exemplo de medida de qualificação. Acelera Brasil O Acelera Brasil é um programa de correção de fluxo do Ensino Fundamental, aplicado na rede estadual em 72 escolas, englobando cerca de 1,5 mil alunos alfabetizados, mas que apresentam defasagem de série-idade. Alunos do 2º ao 5º anos podem ser atendidos, formando turmas multisseriadas. Esses estudantes podem ter no máximo 14 anos e devem ter no mínimo dois anos de defasagem idade-série. A intenção do Acelera é contribuir para que o aluno, em um ano, alcance o nível de conhecimento esperado para a primeira fase do Ensino Fundamental, de maneira que possa avançar em sua escolaridade. Os alunos alfabetizados, mas que repetiram de ano, são agrupados em salas de até 25 crianças e acompanhados por um professor da rede capacitado para aplicar a metodologia do Programa. Se Liga Também destinado a corrigir o fluxo escolar do Ensino Fundamental, o Se Liga busca o combate ao analfabetismo nas primeiras séries. A metodologia, na rede estadual, é aplicada em 18 escolas, com mais de 350 alunos dos 3º, 4º e 5º anos que ainda não foram alfabetizados, também com idade máxima de 14 anos. Em salas de, no máximo, 25 alunos, um professor aplica a metodologia do Programa que, além da ênfase dada à leitura, oferece às crianças materiais específicos que facilitam e qualificam o aprendizado.