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Consumo consciente vira tema de Mostra Pedagógica na Escola Assunção

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2ªCRE
Os 172 alunos da Escola Assunção, de Alto Feliz, estão dando lição sobre consumo consciente, na quarta edição da Mostra Pedagógica, que ocorreu nos dias 14, 15 e 16 de agosto. As turmas do Ensino Fundamental e Médio se envolveram em pesquisas para explorar as possibilidades de reutilização e de reciclagem daquilo que normalmente é descartado nas lixeiras, ou no meio ambiente. ?A começar pelo convite e pelas lembranças da mostra, tudo foi pensado para dar novas roupagens aos materiais que são vistos como lixo?, esclarece o professor de história Paulo André Rockenbach. Nas diversas salas temáticas foi possível ver televisões antigas virarem casinhas de gato ou lixeiras, disquetes se transformarem em porta trecos, garrafas pet originarem luminárias e restos de lixo eletrônico servirem de material para criar robôs. Tudo pensando na reutilização de materiais e na estimulação da criatividade dos alunos, diz a professora de Biologia, Janete Schneider, orientadora desse trabalho. Retalhos de tecido se transformaram em lindas colchas de patchwork e discos de vinil e placas de computador viraram charmosos abajures, nas mãos dos alunos da professora de artes, Lilian Schneider. Garrafas pet também serviram para criar jardinagem suspensa e enfeites para os canteiros de flores, nas aulas de Ciências, coordenadas pela professora Ivone Baumgartz. Na mesma perspectiva, maquetes de energia renovável também mostraram as possibilidades de um ambiente mais limpo e sustentável, através de materiais reaproveitados, como mostra a professora de Matemática e Física, Mônica Weyh. Maquetes de construções históricas da cidade de Feliz serviram para aplicar os conhecimentos de trigonometria, explica a professora de Matemática, Suzana Schneider Frozi. Os alunos, coordenados por Suzana, também construíram um jogo de xadrez gigante no pátio, fazendo a alegria dos visitantes da Mostra. Também na Matemática, os alunos calcularam os componentes de açúcar e sódio nos refrigerantes, cujas garrafas geraram uma casinha, que será usada como orquidário. A professora conta que no conteúdo das 519 garrafas utilizadas na casinha há, por exemplo, 11 quilos de açúcar. ?Os alunos ficam chocados, porque ninguém tem o hábito de analisar rótulos?, conta. Igualmente, os alunos calcularam, com a professora Rosane Freiberger Beal, o custo dos salgadinhos consumidos pelos estudantes na escola. ?Visualizar para onde está indo o dinheiro, torna os consumidores mais conscientes?, enfatiza Rosane. Os materiais alternativos também serviram de inspiração para criar roupas, com direito a desfile e tudo mais, detalha o professor de Química, Josué Buchmann, organizador do evento fashion. Um brechó de roupas usadas também foi montado para arrecadar fundos para as formaturas das 8ªs séries do Ensino Fundamental e dos 3ºs anos do Ensino Médio. Os alunos de Ensino Fundamental, coordenados pela professora Ana Lúcia Schwendler, trabalharam com a obra Ivan Balangandã, de Helô Bacichette. Na história, o personagem coleta materiais e aprende a transformá-los em coisas. Partindo dessa ideia, o desafio dos alunos era o de criarem seus próprios personagens e brinquedos com material de sucata. O resultado do desafio foi uma sala repleta de brinquedos coloridos e criativos, como é o caso da casinha de brinquedos, construída com caixas de leite. A autora da obra estará na escola e os alunos terão a oportunidade de mostrar os seus trabalhos a partir da leitura, comemora Ana Lúcia. A poesia também encontrou espaço na reciclagem: trata-se das sacolas de papel decoradas com desenhos e com versos. A professora de Sociologia, História e Geografia, Neida Maria Schneider, explica que a reciclagem permite a criação de peças personalizadas, únicas e diferentes. Giane Zietlow, professora de Espanhol, aproveitou a temática do consumo consciente para trabalhar diferentes gêneros textuais, entre eles o folder, com dicas e orientações para melhor aproveitar materiais reutilizáveis. Gêneros textuais também foi o mote do professor de Inglês, Eneas Coelho, que trabalhou lendas urbanas e contos de horror com as turmas. O túnel do terror, que já é marca registrada da Mostra, ficou recheado de maquetes de cemitérios e castelos, bruxas, espantalhos e outros elementos aterrorizantes. Todo esse trabalho envolvendo a escola foi registrado em vídeo pelo professor de Informática, Gilberto Beal. A coordenadora do Pacto pelo Ensino Médio e vice-diretora, Claudia Hahn Melo, acredita que esse processo é a politecnia em ação. ?A Mostra é a prova concreta de que é possível integrar todas as áreas do conhecimento?. A diretora da Escola, Claudia Biegelmeyer, comemora o sucesso do evento, que atrai visitantes das cidades vizinhas e que já virou referência local. E, como todo trabalho árduo precisa de recompensas, as merendeiras da escola, Marlene Müller, Leane Tomazzi e Lurdes Teixeira, adoçam a vida com os seus já lendários bolos e cucas. Para juntar todas as pontas dessa festa, nada como uma secretária eficiente. Viviane Friederich não tinha paradeiro, estava em todos os lugares, ajudando em tudo e garantindo o sucesso da Mostra.
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