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Aluna da Escola Estadual Nehyta Martins Ramos conquista 1º lugar em concurso de redação

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A estudante, Rayssa Aziz da Silva, 14, do 8º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Nehyta Martins Ramos, de Porto Alegre, recebe nesta segunda-feira (1º) certificado por ter conquistado o primeiro lugar no Concurso de Redação 2014 da V Jornada Interdisciplinar para o Ensino da História do Holocausto. Ao professor orientador do trabalho, Luis Francisco Matias, será concedida Menção Honrosa. O ato acontece às 19h no auditório da Federação Israelita do Rio Grande do Sul (FIRS) em Porto Alegre. O concurso é uma realização da B?nai B?rith do Rio Grande do Sul, Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Instituto Cultural Judaico Mac Chagall, Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (SMED) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A aluna vencedora escreveu a redação intitulada ?Solução Final?, dentro do tema ?Direitos Humanos: Os Justos entre as Nações?. Além do certificado, a estudante e o professor receberão como prêmio uma viagem a Curitiba para visitar o Museu do Holocausto. Para a realização da produção textual foi entregue aos participantes um ?texto motivador? com um trecho do estudo do Dr. Manoel José Ávila da Silva, em que o autor diz que no ?reconhecimento do outro está a necessidade de reconhecimento próprio, ou seja, sem a percepção de que havia não judeus atuando em favor dos judeus vítimas da Shoá, os judeus não se reconheceriam na tragédia da qual foram as principais vítimas. A proposta do concurso, na edição deste ano, foi mostrar aos alunos e educadores que poderão contribuir para difundir conhecimentos e valores como Cidadania e Democracia, avaliar a absorção do conteúdo abordado na Jornada. Além de estimular a reflexão docente sobre o tema e desenvolver a criticidade, o raciocínio e a produção textual de alunos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) em escolas da rede pública e particular do RS. Solução Final Por Rayssa Aziz da Silva Em 1941, os alemães, com o propósito de acabar com todos os judeus, implantaram a conhecida solução final. Entretanto, muitos perseguidos foram escondidos pelos chamados ?Justos entre as nações?. Eles sabiam o que aconteceria com os judeus e os mantinham em segredo, em esconderijos diversos. Durante o holocausto, mais de seis milhões de pessoas foram cruelmente assassinadas através de métodos diversos. Eles eram enviados para campos de concentração, com promessas falsas, passadas a eles pelos alemães, que os faziam acreditar que seriam felizes e que o trabalho os libertaria. Mas, quando chegavam lá, passavam por um verdadeiro processo de desumanização. Eram expostos a inúmeros tipos de humilhações, tratados como ratos, não tinham sequer privacidade para dormir, tomar banho, fazer suas necessidades fisiológicas e nenhum tipo de roupa que não fosse uma espécie de pijama listrado. Seus cabelos eram cortados e seus pertences eram retirados. Eram separados de suas famílias e quando estivessem suficientemente humilhados, fracos e sem possibilidade de serem explorados eram cruelmente mortos. Naquela época, entretanto, muitos judeus se refugiavam nas casas de pessoas que não achavam certo o que estava acontecendo. Porém, nos campos de concentração não se encontravam apenas judeus, mas também pessoas negras, deficientes físicos e mentais e pessoas que, de alguma forma, representassem qualquer tipo de ameaça ao poderio alemão. Essas pessoas do bem, conhecidos como os ?justos entre as nações? acreditavam que a paz poderia ser conquistada sem o extermínio de pessoas inocentes e, por isso, arriscavam a própria vida para salvar o maior número de pessoas possível. Essa forma de solucionar problemas, adotada pelos alemães nazistas, mostra-nos o quanto eles eram inteligentes e racionais, afinal, conseguiram se especializar em matar, torturar, desumanizar, humilhar, tendo sido capazes de esconder horrendos detalhes a esse respeito durante muito tempo. É importante questionar, porém, a razão pela qual tamanha inteligência não tenha sido utilizada para trazer à tona a verdadeira paz. Para que acabar com a vida de milhões de inocentes na busca, a qualquer custo, pelo poder que os deixou alucinados e loucos? Na verdade, essas mentes que brilhantemente elaboraram técnicas de tortura, entre outras atrocidades, deveriam ter focado o bem, a fim de criar uma ?solução? de verdade para o conflito gerado, respeitando seus semelhantes e guiando-os para a paz e a evolução e não para a morte.
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