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Professores e alunas da rede estadual servem de inspiração no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

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Alunas da escola de Carlos Barbosa, Brenda Bonatto e Sabrina Zaro
Alunas da escola de Carlos Barbosa, Brenda Bonatto e Sabrina Zaro - Foto: Seduc
Por Bruna de Bem

A data de 11 de fevereiro foi recentemente implantada pela ONU como o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. É uma forma de homenagear aquelas mulheres que fizeram invenções, pesquisas inovadoras, ou que descobriram medicamentos importantes para a população mundial, mas que muitas vezes tiveram seus esforços minimizados ou negligenciados. Apesar do número de mulheres participantes de pesquisas e publicações de artigos científicos estar em um crescente com o passar do tempo, o universo da Ciência é ainda, em sua maioria, masculino. Na rede estadual de ensino, estudantes são instigados a participarem de projetos de química, física ou matemática e, as meninas cada vez mais vem definindo seu espaço e recebendo destaques nesse campo.

A professora Cristine Inês Pilger Brauwers, da Escola Guararapes, de Arroio do Meio (3ª Coordenadoria Regional de Educação - CRE), 30 anos, serve de inspiração para as meninas que querem ser cientistas. Ela participou no ano passado do evento da Associação Brasileira de Planetários (ABP) que marcou o equinócio da Primavera e já coleciona prêmios com suas pesquisas. “Meninas podem e devem fazer o que gostam, pois são capazes de mudar o mundo na tecnologia e na sociedade, mostrando a igualdade, a capacidade e a força de vontade”, afirmou a professora que coordena o projeto Meninas na Ciência na escola onde leciona Física, Química e Matemática. 

O professor Marcos Freire Machado, da Escola Técnica Frederico Guilherme Schmidt, de São Leopoldo (2ª CRE), orienta dois grupos de futuras cientistas que são finalistas do prêmio Febrace, mostra científica da Universidade de São Paulo. Ele conta que as alunas foram desafiadas e viram que é possível fazer uso da tecnologia que estão aprendendo em aula. “Isso nos traz uma alegria muito grande, são alunas dedicadas e interessadas, preocupadas com questão social e ambiental. Me orgulho de poder ser útil para que elas consigam desenvolver o sonho delas e que consigam construir um mundo melhor com suas ideias”, explicou.

Integrante de um desses projetos, a aluna Andrielle Ferraz Pereira, 18, deixa um conselho para as estudantes da rede que possuem uma ideia construtiva e que acreditam em uma causa e no sucesso de algum projeto científico. “Me falaram que não era possível. Isso motivou e me fez acreditar e persistir. Nem sempre a pesquisa vai ficar perfeita de primeira, nem sempre o protótipo irá funcionar, mas sempre se pode melhorar durante o processo”, comentou.

As estudantes Brenda Bonatto e Sabrina Zaro, da Escola Elisa Tramontina, de Carlos Barbosa (16ª CRE), são também exemplos quando o assunto é revolução na ciência. Elas não só iniciaram um trabalho inédito na rede, mas no mundo e estão servindo de inspiração estudando a extração de Canabidioides da arruda para minimização dos efeitos do Mal de Parkinson. A coordenação do trabalho é da professora Sandra Seleri. “Acreditem nas suas ideias e causas por mais ambiciosas que sejam. Pesquisem e experimentem fazendo ciência. Persistindo no que acreditamos podemos ver que as possibilidades são mais incríveis do que se pode imaginar”, declarou Brenda.

 

Conheça mulheres fundamentais para a evolução da ciência

Marie Curie: Ela era física e química e sua pesquisa em radioatividade estabeleceu a base para a ciência nuclear moderna, dos raios X à radioterapia para o tratamento do câncer. Ela foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel e a primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel em duas categorias diferentes: Física e Química.

Kiara Nirghin: A sul-africana conta que desde criança fazia “perguntas sobre como o mundo funcionava".  Ela é vencedora da Google Science Fair 2016 por criar um polímero superabsorvente que pode reter mais de 100 vezes sua massa, potencialmente revolucionando a conservação da água e mantendo plantações saudáveis durante períodos de seca.

Katherine Johnson: Ela é matemática e seus cálculos foram essenciais para a exploração espacial dos Estados Unidos. Como cientista da Nasa, ela calculou trajetórias, períodos de lançamento e caminhos de retorno de emergência que levaram os primeiros astronautas dos Estados Unidos ao espaço e à órbita da Terra.

 Rosalind Franklin: Química britânica, conhecida pelo seu trabalho revolucionário, Rosalind descobriu a dupla estrutura em hélice do DNA. Ela morreu quatro anos antes dos seus colegas cientistas receberem o Prêmio Nobel pela descoberta.

 

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