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Uma história de amor pela natureza: estudantes de Constantina aprendem sobre preservação ambiental

Por meio da contação de histórias, os pequenos foram incentivados a relatarem sua relação afetiva com as árvores

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Crianças disseram quais àrvores gostariam de ser
Crianças disseram quais àrvores gostariam de ser - Foto: Divulgação
Por Bárbara Lima sob orientação de Bruna de Bem

Quando a personagem Bellinha, interpretada pela contadora de histórias e supervisora educacional  Ângela Bonfantti, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Medeiros e Albuquerque, de Constantina (39ª Coordenadoria Regional de Educação - Carazinho), leu a história do Menino Que Queria Ser Árvore aos alunos do 1º ao 5º ano, eles também tiveram que contar qual árvore gostariam de ser e por quê. A atividade era uma alusão ao Dia do Meio Ambiente (4 de junho), mas, segundo a supervisora, também era um trabalho de autocuidado, para preservar a saúde física e mental das crianças.

“A Bellinha é uma criança, por isso, os alunos se identificam com os sentimentos dela”, conta. A supervisora considera que, com a pandemia, muitos não conseguem ter contato com a natureza como antes, por conta das praças e dos parques fechados. “Eles estão na fase de brincar, subir em árvores, pular, imaginar. A atividade serviu para que deixassem o celular de lado e interagissem com o ambiente ao redor. Além disso, um lugar de sossego favorece a saúde emocional deles”, reflete.

Segundo  Ângela, os estudantes adoraram fotografar suas árvores favoritas e muitos realmente possuíam alguma história com elas. “Eles contaram que algumas foram plantadas quando eles nasceram, alguns contaram que conversam com as árvores e brincam com elas. É uma relação especial de amor!”.

Além disso, os alunos também criaram verdadeiras obras de arte com plantas e pétalas de flores. “Eles possuem muita sensibilidade, então, nós, enquanto escola, precisamos aproveitar isso para reforçar a importância de se preservar o meio ambiente”, reitera. Quando o estudante aprende sobre as questões ambientais e sociais na escola, ele leva o aprendizado para dentro de seu lar. “Muitos pais nos retornam dizendo que os filhos chegam em casa ensinando como deve ser tratado o lixo, por exemplo. As crianças são o nosso futuro”, avalia.

As histórias com as árvores

O pequeno Francisco Meotti, 10 anos, gostaria de ser um cinamomo, pois ele gosta de se divertir em seus galhos. Embaixo dessa árvore que ele passa muito tempo ao lado de sua mãe e seus gatos. "Dá para tomar um chimarrão. No inverno, as folhas caem e dá para pegar um solzinho”, relatou o estudante no seu trabalho enviado em vídeo.

O aluno do terceiro ano do Ensino Fundamental, João Gabriel Francio, seria um limoeiro. Isso porque, segundo ele, com os seus frutos, é possível “fazer comida, suco e receber vitaminas”. Já a pequena Ana Lívia Lazaretti, do terceiro ano, adora um Pinheiro que tem em sua casa. “Posso brincar lá!”. Esse é o mesmo motivo pelo qual o estudante Antoni Leitão Fulber, colega de Ana, gostaria de ser uma canela. “Eu posso me balançar nela e brincar com meu primo”, ressalta. Nicolas Hensen, por sua vez, escolheu o Ipê. O estudante do quinto ano fez essa opção por conta da beleza da árvore.

Para a diretora da escola, Maritânia Menegal, quem ama a vida preserva. “Precisamos despertar o olhar sensível para a natureza.  A contação de histórias, como fizemos, é um ótimo recurso pedagógico para alcançar esse objetivo. Aliamos a leitura com a pauta ambiental para conscientizar as crianças. A sensibilidade e a consciência geram novas atitudes que mudam o mundo”, considera.

 

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