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Última reunião de 2025 do Ciclo de Governança da Educação apresenta avanços no acompanhamento dos indicadores

Encontro reforçou alinhamento entre Governo do Estado, Seduc e Coordenadorias Regionais para a melhoria contínua dos resultados

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As reuniões do ciclo de governança da educação se consolidaram como um dos espaços centrais de monitoramento.
As reuniões do ciclo de governança da educação se consolidaram como um dos espaços centrais de monitoramento.
Por Mariana Gomes

As lideranças educacionais do Rio Grande do Sul participaram, na tarde desta quarta-feira (26/11), da última reunião do ciclo de governança da educação de 2025. Realizado no Palácio Piratini, o encontro reuniu o governador Eduardo Leite, a secretária de Estado da Educação, Raquel Teixeira, a secretária adjunta, Stefanie Eskereski, coordenadores regionais e equipes técnicas da Seduc para acompanhar a evolução dos quatro indicadores estratégicos da rede estadual: execução do Agiliza, aulas dadas, frequência e notas.

Durante a abertura, a secretária Raquel reforçou o compromisso do Estado com uma gestão articulada, baseada em evidências e voltada ao aprendizado dos estudantes.

“Encerramos o ano com sinais importantes de avanço, mesmo diante do impacto da enchente de 2024. Os dados preliminares do Saeb indicam níveis históricos de participação. Também observamos turmas com 100% de presença, resultados inéditos. Tudo isso reforça que, apesar dos desafios, estamos entregando melhorias estruturais, pedagógicas e de gestão, sempre focando no essencial: alunos presentes, aulas acontecendo e aprendizagem acontecendo de fato”, enfatizou.

Em seguida, a secretária adjunta Stefanie Eskereski apresentou a visão geral dos indicadores, destacando avanços, desafios e prioridades para o próximo ciclo.

“Nesta avaliação conjunta de outubro e novembro, o Agiliza segue sendo o indicador de melhor evolução desde o início do ano. Nenhuma Coordenadoria Regional de Educação (CRE) hoje tem mais de 20% das escolas com execução inferior a 50%, e entre as escolas de apoio intensivo esse número cai para apenas 2%. Isso reflete o trabalho consistente das regionais e o compromisso das equipes com monitoramento, evidências e gestão. Nosso foco continua sendo em usar os indicadores como orientação e agir intensivamente para garantir que todas as metas continuem avançando”, explicou.

Trabalho de coordenação aprimora a execução dos recursos do Agiliza na 4ª CRE

A primeira rodada de apresentações trouxe os resultados do indicador de Execução do Agiliza, com destaque para o trabalho desenvolvido pela 4ª CRE, de Caxias do Sul. A coordenadora Cristina da Silva Boeira compartilhou as estratégias adotadas para qualificar os processos e apoiar as escolas na implementação das ações.

“Quando assumi a coordenadoria, iniciamos um diagnóstico profundo para compreender nossas equipes, as escolas e as dificuldades de monitoramento. Havia uma cultura de guardar recursos, o que exigiu diálogo, presença e acompanhamento próximo. Conforme as equipes entenderam que o investimento é pedagógico, os resultados começaram a aparecer (saímos de índices preocupantes para apenas 6% das escolas abaixo da execução). Hoje, com visitas constantes, apoio técnico e mudança de cultura, avançamos de forma consistente e seguimos trabalhando para fechar o ano com 100% das escolas executando seus recursos”, relatou.

Acompanhamento e registros de aulas dadas na 8ª CRE

No indicador de Aulas Dadas, a 8ª CRE, de Santa Maria, foi reconhecida pela consistência das ações que garantiram maior regularidade e completude da carga horária. O coordenador José Luis Viera Eggres detalhou as práticas adotadas pela regional.

“Quando identificamos que muitos professores não tinham a cultura de registrar diariamente as aulas, iniciamos um trabalho contínuo para mudar essa conduta e fortalecer o acompanhamento. Com o uso do Módulo Gestor, formações para equipes diretivas e visitas técnicas semanais, passamos a monitorar cada unidade em tempo real. Organizamos grupos de trabalho, ampliamos o suporte às escolas e responsabilizamos focais por turno. Com esse esforço integrado, conseguimos avançar mês a mês e estamos muito próximos de alcançar 100% das aulas registradas”, destacou.

Ações conjuntas melhoram a frequência escolar na 18ª CRE

A 18ª CRE, de Rio Grande, foi destaque no indicador de Frequência. A coordenadora Luciana Silveira Dias relatou como o trabalho integrado com gestores, professores e equipes pedagógicas tem fortalecido a busca ativa e o acompanhamento sistemático dos estudantes.

“Quando identificamos a frequência como ponto de atenção em setembro, iniciamos ações pontuais para reverter o cenário. As escolas aplicaram pesquisas para entender, pela voz dos alunos, os motivos da infrequência e lançamos o projeto Resgate da Frequência, com visitas presenciais da psicóloga e da assistente social às unidades com maiores desafios. Intensificamos reuniões com diretores, líderes estudantis e equipes pedagógicas, promovemos trocas de experiências entre escolas e fortalecemos planos de ação. Esse conjunto de estratégias permitiu uma virada importante, trazendo a regional para um patamar acima da média da rede”, pontuou.

Busca ativa e acompanhamento são práticas de destaque em escola de Pantano Grande

No eixo de Notas, a Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Nunes de Oliveira, de Pantano Grande, apresentou as estratégias que contribuíram para o avanço dos resultados. A diretora Tatiane Eidt compartilhou as práticas desenvolvidas com a equipe escolar.

“Após um primeiro trimestre com alto número de reprovações, reorganizamos todo o trabalho pedagógico para reverter o cenário. Mapeamos aluno por aluno, identificando habilidades não atingidas, e passamos a atender individualmente os professores, revisando planejamentos e estratégias. Chamamos também as famílias e realizamos busca ativa, fortalecendo o vínculo com a comunidade escolar. Com esse acompanhamento intenso e mudança de rota, conseguimos melhorar a frequência, reorganizar práticas e projetamos chegar a cerca de 95% de aprovação ao final do ano letivo”, explicou.

Encerrando o encontro, o governador Eduardo Leite destacou a importância dos indicadores como instrumento de gestão e responsabilidade compartilhada.

“Os indicadores nos ajudam justamente a entender onde precisamos apoiar mais e onde temos boas práticas a expandir. Seguimos dedicados a oferecer condições para que as escolas consigam desenvolver seu trabalho com qualidade e foco na aprendizagem. Ainda há desafios, mas temos caminhado com responsabilidade, diálogo e compromisso coletivo para garantir o melhor para os nossos estudantes”, afirmou.

Ao longo de 2025, as reuniões do ciclo de governança da educação se consolidaram como um dos espaços centrais de monitoramento e tomada de decisão na rede estadual. Mensalmente, equipes da Seduc, coordenadores regionais e o próprio governador analisaram indicadores, debateram desafios e pactuaram ações, fortalecendo a cultura de gestão baseada em evidências.

O encerramento deste ciclo marca um modelo de gestão que aproxima governo e escolas, orienta prioridades e contribui para melhorar a aprendizagem dos mais de 700 mil estudantes da rede estadual.

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