A aula do Letramento Digital desta quarta-feira, 2 de setembro, teve como tema a metodologia PBL (sigla em inglês de “Problem Based Learning”, ou “Aprendizagem Baseada em Problemas”. A lição, ministrada por Márcio Machado, especialista e pós-doutor em Inovação, faz parte da trilha “Gamificando os problemas”.

A aula desta quarta-feira foi a décima sétima da formação e trouxe aos espectadores as vantagens de usar metodologias ativas e o passo a passo para aplicar a PBL no ensino. A iniciativa integra o conjunto de ações da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) para implantação do modelo híbrido de ensino, que inclui as Aulas Remotas e presenciais, na Rede Estadual.

Machado citou estudo feito pelo pesquisador William Glasser, que criou a Pirâmide de Aprendizagem, que mostra que a aprendizagem a longo prazo se dá menos por metodologias passivas, nas quais o aluno não interage com a informação, e mais por metodologias passivas, nas quais ele interage. Na pesquisa feita por Glasser, a retenção do conhecimento depois de duas semanas foi de 5%, quando o estudante assistiu a uma palestra, até 90%, quando o estudante foi incitado a ensinar outras pessoas.

Durante a aula, o professor fez uma simulação de atividade com o uso da PBL. Primeiro, ele convidou os participantes da live a definirem um problema, a partir de uma nuvem de palavras feita por eles no site Mentimeter. Depois, utilizou o Jamboard, ferramenta da Google, para que os mesmos apresentassem soluções para aquele problema. Com o Google Documentos, eles pesquisaram e detalharam como o problema seria resolvido. Há, ainda, as etapas de reflexão sobre o que se espera aprender com o trabalho, estudos individuais e em grupo, apresentação dos resultados e avaliação dos trabalhos desenvolvidos e do resultado.

“Como o próprio aluno escolheu o que seria trabalhado, ele vai participar da aula e, provavelmente, vai criar uma apresentação de slides ao final, fazendo propostas de soluções que a turma ou ele levantaram. Ao final, ele mesmo vai avaliar seu conhecimento e o dos colegas”, descreve Machado. A organização da aula, nesses casos, é feita por tema, e não por disciplina, permitindo uma integração interdisciplinar.

Para o especialista, o método valoriza o pensamento crítico e reflexivo, bem como a capacidade de aplicar o conhecimento em situações do dia a dia. “O professor deixa de ser o transmissor das mensagens e passa a ser o mediador da aprendizagem, e o aluno é incitado a encontrar de forma autônoma a solução para os problemas”, pontua.

No período do Letramento Digital, as aulas ao vivo ocorrem nas segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 14h. Nas terças e quintas às 17h e no sábado às 11h, ocorrem as lives para tirar dúvidas dos educadores. A transmissão ocorre sempre pelo canal do YouTube TV Seduc RS, até o dia 2 de outubro, e todas as aulas ficam gravadas.

Capacitação em Letramento Digital

No decorrer do Letramento Digital estão sendo abordados os seguintes tópicos: Tecnologias Assistivas; Cidadania Digital e Educação Midiática; Modelos de Atividades Remotas; Aulas Remotas com Google Sala de Aula; Atividades Pedagógicas no Ambiente Virtual; Recursos Avançados das Ferramentas Gsuite; Metodologias Ativas na prática; Explorando Tecnologias Educacionais por Área; e Socialização de Práticas Pedagógicas.

Aulas Remotas

Para que todos estejam preparados para as Aulas Remotas, a Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Sul realiza capacitações para utilização da plataforma Google Sala de Aula com os professores da Rede Estadual de Ensino. A iniciativa compõe o modelo híbrido de ensino, que também compreende as aulas presenciais, sem data de retorno.