Chegaram ao fim as capacitações das plataformas Elefante Letrado e Árvore, de leitura de livros digitais. Os últimos três encontros foram realizados nesta quinta-feira (3), todos voltados para os estudantes. Pela manhã, a equipe do Elefante Letrado promoveu uma live para alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, enquanto, à tarde, outras duas transmissões ocorreram para pessoas dos Anos Finais e, depois, do Ensino Médio.

Iniciada no dia 30 de novembro, a capacitação foi transmitida pelo canal do YouTube TV Seduc RS e pela página da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) no Facebook. As atividades envolveram momentos de orientações de acesso às ferramentas, tira-dúvidas e falas de convidados especiais.

Anos Iniciais

Durante o encontro promovido pelo Elefante Letrado, a escritora de livros infantis Chris Dias leu e interpretou uma obra sua que está na plataforma: “Cadê a comida que estava aqui?”. O livro traz a história de dois irmãos que não queriam comer frutas e verduras. Os alimentos, então, se rebelam e saem do prato. A história segue até o momento em que os irmãos se interessam e resolvem provar as frutas e verduras e gostam.

Depois da leitura de Chris, o personagem Senhor Elefante entrou na sala e convidou as crianças a acessarem a plataforma, para ler muitos livros, viver aventuras com os personagens das histórias e aprender melhor sobre o seu próprio mundo. Em seguida, a diretora-executiva da plataforma, Mônica Timm, destacou que, para estudantes do 4º e do 5º ano, já mais maduros, há obras com temáticas como futebol, ciências e curiosidades, contos e livros sobre a pré-adolescência.

Anos Finais

No primeiro encontro promovido pela Árvore, voltado para alunos dos Anos Finais, a consultora pedagógica Paola Oliveira explicou que a plataforma funciona mais ou menos como a Netflix, mas que, em vez de filmes e séries, há livros. Apresentou, ainda, duas gamificações: a Liga de Leitores, que é um campeonato de quem lê mais livros por mês, e a Floresta, onde, a cada livro que o usuário lê, ajuda o personagem Macaco Otto a reflorestar área desmatada.

A convidada desta edição foi a gamer, escritora e influenciadora Bibi Tatto. A jovem contou que sua carreira na internet começou em 2012, quando ela criava histórias baseadas no jogo Minecraft. Depois de um tempo, uma editora entrou em contato com ela e propôs que ela escrevesse um livro com alguma dessas histórias. “Quando eu era pequena, achava ler uma coisa chata, mas comecei a ter interesse por assuntos específicos e vi que, quando a gente lê sobre algo que a gente gosta, é muito mais legal. Aí me apaixonei e comecei a ler muito. Quando esse convite veio, eu pensei que não seria capaz, mas foi incrível”, relata.

Bibi indicou os livros “O diário de Anne Frank” e “Eu sou Malala”, que marcaram sua vida. Deu, ainda, um recado para os estudantes que assistiam: “Vocês estão tendo a oportunidade de acessar milhares de livros sobre milhares de temas diferentes. Não percam essa oportunidade, aproveitem, porque leitura é algo transformador”, recomendou.

Ensino Médio

O segundo encontro promovido pela Árvore focou nos estudantes de Ensino Médio. O consultor pedagógico André Sampaio, da plataforma, alertou que cada aluno pode fazer o download de até 10 livros por vez para acessar de forma off-line no aplicativo, o que facilita para quem não tem acesso à internet em casa, por exemplo.

A convidada da live foi a Professora Pamba, que, além de docente, é youtuber. Ela salientou que, além de ler ser importante para realizar provas como o Enem e vestibulares, quanto mais se lê, melhor a interpretação e a compreensão de texto, pois se adquire vocabulário. “Quando você começa a ler, às vezes tem dificuldade de entender, mas vai melhorando. É uma prática para melhorar relação humana e para se tornar cidadão crítico, que ouve o que estão dizendo e questiona se é aquilo mesmo”, exemplifica.

A professora destaca que desenvolver o prazer de ler é uma caminhada, mas que vale a pena. “Você adquire repertório cultural e social. Você precisa se tornar um ser pensante, e, para ser, você tem que ler. É o essencial na vida”, conclui.