Nesta terça (22) uma equipe da 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) se reuniu com entidades para discutir a participação das escolas estaduais na rede socioassistencial de São Leopoldo. A reunião ocorreu no gabinete da coordenadora e contou com representação dos conselhos tutelares da cidade, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdedica) e da Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente (Amencar). Na ocasião, as responsáveis pelas matrículas das escolas estaduais Betiele Dewes e Márcia Assis esclareceram os procedimentos de ingresso e transferência dos alunos na rede. No caso de São Leopoldo, há a central de vagas, que gerencia as matrículas das redes estadual e municipal. Quando se fala em matrículas, logo surgem questões relacionadas à frequência. Foi pensando nisso que a assessora pedagógica, Sílvia Tolentino, explicou os procedimentos da Ficha de Comunicação de Aluno Infrequente: a Ficai on-line. A informatização possibilita o acionamento mais ágil do Conselho Tutelar e o diagnóstico dos motivos do abandono escolar, servindo de subsídio para a criação de políticas públicas. Outro programa importante que foi trazido para debate foram os Comitês de Prevenção à Violência nas Escolas (Copreves). De acordo com Sílvia Tolentino, a violência escolar é uma das questões recorrentes dos Conselhos Tutelares e precisa de uma abordagem em rede para o seu enfrentamento adequado. Para o assessor de projetos da Amencar, Rodrigo de Mello Castilhos, reuniões como essa fortalecem a rede de apoio às crianças e aos adolescentes. Rosana Santos, titular da 2ª CRE, acredita que fenômenos sociais complexos como a evasão escolar e a violência precisam do olhar dos diferentes atores sociais envolvidos com a infância: ?Se cada um ficar em uma bolha, não teremos elementos para uma compreensão mais profunda da realidade de nossos alunos?, avalia.