O programa de Progressão Continuada de Alfabetização e Letramento para os três primeiros anos do Ensino Fundamental, em implantação na rede estadual de ensino pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), será levado a audiência pública na cidade de Novo Hamburgo ainda no mês de maio. A ideia foi debatida na tarde desta quarta-feira (5) em encontro do diretor pedagógico da Seduc, Silvio Rocha, com o secretário municipal de Educação, Alberto Carabajal. Participaram da reunião a diretora de Educação do município, Rosângela Horn, a gerente de Ensino Fundamental Eliane Anselmo, e a coordenadora de Formação Continuada da Smed de Novo Hamburgo, Adriane Brevia, além da diretora-adjunta da Seduc, Vera Amaro. A Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Novo Hamburgo estuda a implantação da proposta na rede local. A experiência que vem sendo desenvolvida pela Seduc serve como um referencial para a cidade, explica o secretário. Carabajal ressalta ainda que este programa pensado nas condições da realidade local ajudará no Pacto pela Aprendizagem existente no município. A implantação da Progressão Continuada nos três anos iniciais do Ensino Fundamental atende à Resolução 7, de dezembro de 2010 do Conselho Nacional de Educação (CNE). No âmbito regional, o Conselho Estadual de Educação já publicou o Parecer 194/2011, que orienta o Sistema Estadual na adoção da Progressão Continuada. Além de explicar a metodologia proposta à rede estadual, o diretor da Seduc ressaltou que o programa em implantação não adota a promoção automática do aluno; ele atende ao que é determinado pela legislação: a progressão continuada, o que significa que a Secretaria oferecerá mecanismos de apoio a professores e alunos, afim de que os alunos que tenham alguma deficiência de aprendizagem sejam acompanhados e possam superar suas dificuldades. ?Não se trata de aprovação automática, e sim da implantação de um sistema de apoio a professores e alunos, visando à superação de dificuldades de alunos, melhores condições para o trabalho pedagógico dos professores e à melhoria da qualidade de nossa educação?, resume o diretor. O programa estadual A intenção do programa estadual é desenvolver uma metodologia que articule, nos três anos das séries iniciais, os conceitos de alfabetização e de letramento e esteja relacionada à realidade do aluno. Para tanto, explica o diretor, as quatro áreas do conhecimento ? Linguagens (Língua Portuguesa, Língua Materna, Arte e Educação Física), Matemática, Ciências da Natureza (Ciências) e Ciências Humanas (Geografia e História), além do Ensino Religioso, deverão ser trabalhadas de forma conjunta pelos professores. O programa prevê a realização de pesquisa socioantropológica, cujo resultado vai contribuir para a definição do eixo temático de cada escola ou região. A partir do eixo temático e da escolha de referencial teórico específico, os professores poderão definir os eixos cognitivos de atuação, as atividades e os resultados, e formular sugestões. A concepção de ?partida? do programa é que toda criança pode aprender a ler e a escrever, e que a alfabetização não é um problema, ressalta Silvio Rocha. O programa em implementação na rede também será debatido em seminários regionais no Estado. Além disso, serão definidos os módulos de formação do programa. A proposta é implementada em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e outras entidades de ensino superior do interior do Estado e Região Metropolitana.