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Jambolão contra diabetes

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Boas Práticas
Utilizar um elemento comum da medicina popular, prescrito de geração em geração no tratamento da diabetes. Este foi o projeto que deu uma guinada na carreira de três estudantes do curso técnico em química da Escola Estadual Técnica São João Batista, de Montenegro. Bruna Santarém, Ana Claudia Schumacer e Mariane Pauletto estudaram as folhas do jambolão, uma árvore de frutos parecidos com os da uva, durante o primeiro ano do curso técnico. Analisaram tudo a respeito da folha de forma teórica, inclusive aplicando questionários em 143 moradores da cidade. No segundo ano do curso, focaram na relação entre a planta e a diabete, pois era para isso que a maioria das pessoas entrevistadas utilizava, começando assim as atividades experimentais. Foi aí então que retiraram o extrato das folhas e testaram em cobaias ratos que já haviam sido induzidos a ter diabete melitus tipo 1, aplicaram de forma oral no bebedouro dos animais, comprovando que todos reduziram a taxa de glicose. O jambolão dessa forma, não servia apenas para sujar ruas e calçadas com seu suco roxo, mas era um importante aliado no tratamento da diabetes. Através da comparação entre as referências bibliográfica perceberam que o jambolão é rico em substâncias antioxidantes, uma das que atenuam a atividade dos radicais livres. O projeto foi inscrito primeiro na Expotec ? feira que acontece anualmente na escola São João Batista. E este foi só o ponto de partida: participaram duas vezes na Mostra das Escolas de Educação Profissional (Mep), uma da Feira Estadual de Ciência e Tecnologia da Educação Profissional (Fecitep) e duas Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), na 24ª e tendo ficado em 2º lugar na área de bioquímica e química na 25ª Mostratec, em 2010 além de receber o prêmio do Conselho Regional de Engenharia, arquitetura e agronomia (CREA RS) de inovação tecnológica. Tudo isso culminou com o convite para participar da Feira de Ciência e Tecnologia do Sul do Maranhão (Fecitec), em Imperatriz, no final de agosto deste ano, com todas as despesas pagas e uma bolsa integral para o curso de química industrial na Univates, em Lajeado, que está sendo utilizada por Mariane. Bruna lembra que quando começaram, a expectativa não era chegar tão longe. Tudo partiu da idéia de queriam trabalhar com algo de fácil acesso e com foco nas pessoas, na melhoria da vida. ?Iniciou como uma obrigação e foi além, fizemos um ano de criação de ratos em casa, todo um trabalho, mas valeu muito à pena.?, lembra Ana Claudia. A estudante, que agora tem planos de seguir estudando o tema na faculdade de engenharia química, lembra que as premiações são muito valorizadas pelas empresas, a área de pesquisa e desenvolvimento. Ana Claudia destaca que a participação nas feiras também contribuiu para conhecer outras culturas de diferentes países. Mariane conta que elas tem contato com alunos que conheceram nestes eventos até hoje, com os quais desenvolveram laços de amizade. E a retomada do projeto com o seu aprofundamento, garante ela, só aguardar que todas estejam já na universidade.
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