Formação sobre Educação Especial reúne Chefias de Gestão Pedagógicas e Assessores das CRES em Porto Alegre
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Por Daniel Marcilio
Para fortalecer a inclusão nas escolas estaduais, a Secretaria da Educação (Seduc), por meio do Departamento de Modalidades e Atendimento Especializado da Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação (SubEdu), promoveu, entre os dias 20 e 21 de março, a formação "Educação Especial em Foco - Educação para a Transformação". O evento teve como público as Chefias de Gestão Pedagógicas e as Assessoras de Educação Especial, reunindo mais de 60 participantes das 30 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) do Estado nas salas do Instituto de Educação General Flores da Cunha, em Porto Alegre.
A programação envolveu uma série de palestras e atividades práticas, abordando temas relacionados ao acolhimento de estudantes com deficiência, transtorno do Espectro Autista, altas habilidades ou superdotação, além da discussão e apresentação de demandas burocráticas que envolvem o trabalho com as demandas dessa modalidade de ensino. O objetivo foi capacitar os profissionais da educação para multiplicar as ações nas escolas da rede.
A diretora do Departamento de Modalidade e Atendimento Especializado da SubEdu, Katyucha Fagundes, destacou que essa formação abordou desde conceitos básicos da modalidade, como as principais atribuições das CREs em relação à Educação Especial, pois muitas das assessoras e chefias pedagógicos atuais assumiram esses cargos recentemente. “Neste primeiro momento, buscamos contextualizar os aspectos essenciais da Educação Especial que esses profissionais precisam compreender, considerando seu papel na orientação e no acompanhamento das escolas. Para isso, oferecemos uma visão geral sobre a modalidade e suas principais demandas.”, explicou.
Nesse sentido, Rúbia Mara da Silva, assessora da Educação Especial da 25ª CRE (Soledade), relatou que a formação atendeu às expectativas, apresentando novas perspectivas. “Foram dois dias muito intensos, com assuntos pertinentes que vão ao encontro do que nós vivenciamos na nossa região. Está ajudando e sendo bastante produtivo para tirar dúvidas”, afirmou.
Ela também mencionou que é possível notar um aumento significativo de estudantes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Rede Estadual. Frente a esse cenário, ela pretende levar adiante as metodologias aprendidas. "Vamos nos reunir com a chefia pedagógica e formar não só os professores, mas também os monitores, porque muita coisa mudou", completou.
Para a Chefia de Gestão Pedagógica Liria Hanel Seiboth, da 17ª CRE (Santa Rosa), a capacitação reforçou a visão de que o atendimento especializado é um processo contínuo, que deve abranger toda a comunidade escolar. “São muitas especificidades, cada realidade é única. Então estão trazendo a importância de fazer a análise individualizada do estudante, ou seja, o contexto em que ele está inserido, e fazer todo o processo de acompanhamento. Com todas as orientações que recebemos, isso fortalece o nosso papel”, ressaltou.
Na Rede Estadual, os estudantes que são abrangidos pela modalidade da Educação Especial - pessoas com deficiência, TEA, com altas habilidades ou superdotação - têm matrícula garantida nas escolas comuns. O Atendimento Educacional Especializado, por sua vez, tem a função de complementar ou suplementar a formação do estudante. Para isso, são disponibilizados serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que buscam eliminar as barreiras para a inclusão social e o desenvolvimento da aprendizagem.
Atualmente, a Rede Estadual possui 28.945 estudantes identificados como público da modalidade de Educação Especial. Novas formações estão previstas para ocorrer ao longo de 2025.