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Formação destaca modelo de ensino com atividades remotas e presenciais

3º Ciclo de Formações Pedagógicas do Modelo Híbrido de Ensino terá live também nesta quarta-feira (28)

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Encontro contou com as presenças da diretora do DP, Letícia Grigoletto, e da consultora educacional Tamara Bitencourt - Foto: Seduc
Por Isabella Sander

A Secretaria Estadual da Educação (Seduc), por meio do Departamento Pedagógico (DP), realizou nesta segunda-feira, 26 de outubro, a primeira live do 3º Ciclo de Formações Pedagógicas do Modelo Híbrido de Ensino. O encontro foi transmitido no canal no YouTube TV Seduc RS e na página da Seduc no Facebook e contou com as presenças da diretora do DP, Letícia Grigoletto, e da consultora educacional Tamara Bitencourt. Tamara apresentou aos espectadores detalhes do modelo de ensino híbrido, que integra atividades remotas e atividades presenciais.

Segundo Letícia, com a pandemia, a sociedade enfrentou inúmeros desafios, como o home office, que desencadearam a necessidade de reinvenção em diferentes aspectos da vida. A diretora do DP lembra que, após um mês de envio de atividades impressas aos alunos, foi iniciada a organização de um projeto que utilizasse tecnologias que viabilizariam a manutenção das atividades educacionais, aliadas a um ambiente de aprendizagem, à capacitação dos professores, à integração de sistemas e à conceituação de um novo modelo de ensino que possibilitasse uma melhor aprendizagem.

“Em um universo de 2,5 mil escolas e mais de 800 mil alunos, precisávamos de uma alternativa viável e segura, que fosse abrangente, para o retorno das aulas. Precisávamos seguir adiante, porque não sabíamos qual seria a duração da emergência da pandemia”, relata Letícia.

Para tanto, a Seduc promoveu jornadas de atualização pedagógica e a sensibilização da comunidade escolar para as ferramentas, bem como o Letramento Digital. Agora, surge uma nova etapa: a adaptação ao modelo híbrido. “Nesse modelo, o estudante aprende e desenvolve atividades também de forma online, o que deve se manter também para além da pandemia”, observa.

Conforme Tamara, o diferencial do modelo híbrido é que ele oferecerá atendimento em ambiente virtual e presencial. “Muito do esforço que estamos fazendo é com foco nessa compreensão, e na oportunidade que estamos tendo de implementar novas tecnologias e novas formas de aprender, que não deixarão de existir quando a pandemia acabar”, pontua. A consultora educacional ressalta que tudo o que for aprendido agora permanecerá quando a situação de normalidade retornar, podendo o modelo ser implementado para além de “apagar um incêndio”.

A especialista chama atenção para o fato de que, antes, o professor conseguia, dentro da sala de aula, fazer com que o aluno deixasse de usar o Google, o livro, o caderno e a ajuda da família em determinados momentos. “Agora, não temos controle nenhum sobre isso. Portanto, colocar os alunos para produzir, mais do que reproduzir, é fundamental para que, de fato, consigamos enxergar a aprendizagem que está acontecendo”, defende.

Tamara afirma que o ensino remoto exige autonomia dos professores e principalmente dos estudantes, que, até agora, não se prepararam para ter esse nível de autonomia. “Tem que estar muito claro como vamos preparar esses alunos. Podemos não só pressupor que eles vão dar conta, como ajudá-los a obter essa autonomia, para eles, sozinhos, conseguirem desenvolver as atividades.”

Como sugestão, a consultora propõe uma atividade que envolva o aluno fazer um levantamento de informações sobre determinado tema, no qual possa responder questões usando o Google Formulários ou um questionário impresso e realizando atividades ou em casa, ou não escola, quando a escola estiver operando com aulas presenciais. Os registros desse trabalho poderiam ser feitos no Jamboard ou em ambiente presencial, reproduzido e entregue em formato digital, ou integralmente em construção na escola.

Modelo Híbrido de Ensino

A partir da implantação da Matriz de Referência do Modelo Híbrido de Ensino, que inclui as Aulas Remotas e as aulas presenciais, a Seduc informa que está trabalhando na elaboração de um plano de ação pedagógica para os anos de 2021 e 2022 com intuito de auxiliar os professores no processo de aprofundamento das aprendizagens que tenham sido comprometidas no excepcional ano letivo de 2020.

No retorno das aulas presenciais, serão realizadas avaliações diagnósticas com cada estudante para aferir o conhecimento nos mais diversos componentes curriculares. A partir dos resultados, o professor irá trabalhar os conteúdos que precisam ser reforçados e avaliar as principais competências adquiridas.

Aulas Remotas

Desde 1º de junho, a Secretaria Estadual da Educação trabalha na implantação das Aulas Remotas na Rede Estadual de Ensino.

A iniciativa compõe o modelo híbrido de ensino e também compreende as aulas presenciais. A ação, que segue ao longo do ano letivo de 2020, proporciona, por meio do Google Classroom, a criação de mais de 37 mil turmas espelhadas e mais de 500 mil ambientes virtuais divididos por componentes curriculares. O projeto ainda oferece internet patrocinada para alunos e professores.

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