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Escolas da Capital usam redes sociais pelo celular para atender alunos

Instituições têm usado Facebook e WhatsApp para elaborar as Aulas Programadas

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Aluna Escola Matias de Albuquerque, da Capital, elaborando as tarefas das Aulas Programadas
Aluna Escola Matias de Albuquerque, da Capital, elaborando as tarefas das Aulas Programadas - Foto: Seduc
Por Isabella Sander

No último mês, as escolas da Rede Estadual de Ensino têm tido o desafio de aplicar as Aulas Programadas a seus estudantes. Para isso, instituições localizadas em regiões periféricas de Porto Alegre, na 1ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), adotaram meios já muito usados por pais e alunos, como Facebook e WhatsApp, para distribuir os conteúdos. Altamente difundidas, essas redes sociais podem, na falta de um computador na residência, ser acessadas por qualquer celular.

O corpo docente da Escola Estadual de Ensino Fundamental Matias de Albuquerque, que atende 222 alunos no bairro Aberta dos Morros, zona Sul da Capital, tem buscado ao máximo manter, em formato virtual, todas as atividades possíveis que costumam ser realizadas presencialmente.

 A diretora da instituição, Claudia Campos, está se empenhando: no dia da semana em que normalmente aconteceria a contação de história para as crianças, ela mesma faz um vídeo contando e publica na internet. O dia da meditação também é marcado por outro vídeo. Professores criam vídeos com orientações para pais e alunos sobre atividades pedagógicas e de educação física, por exemplo.

Segundo Claudia, os educadores criaram grupos no Facebook para cada turma, nos quais são postados os materiais e ocorrem interações com alunos e pais. “O retorno tem sido muito bom, até além do que imaginávamos, porque achávamos que, como muitos pais seguem trabalhando, não conseguiriam acompanhar”, comenta.

Além dos grupos por turma, também foi aberto um grupo para a biblioteca da instituição, no qual são divulgadas obras que foram disponibilizadas por autores e editoras gratuitamente na internet, bem como os vídeos de contação de histórias feitos por Claudia e por canais do YouTube. O objetivo, com tanto trabalho, é que os estudantes não percam o vínculo com a escola. “Além de pedirmos para eles ficarem em casa, estamos tentando também estar junto com eles nas suas casas”, ressalta a diretora.

As atividades têm sido elogiadas pelos pais dos estudantes, que, na falta dos professores, têm participado ainda mais da rotina educacional dos seus filhos. Felipe Severo Borin, de 31 anos, é pai de Paulo, de oito anos, que cursa o 3ª ano do Ensino Fundamental na Matias de Albuquerque. Professor universitário, Borin concilia o teletrabalho com o acompanhamento das Aulas Programadas do menino.

“Ele está todos os dias estudando. Os professores mandam o tema de casa em um grupo e ele faz as atividades”, relata. Além dos deveres que estimulam o raciocínio lógico e a escrita, Paulo também assiste aos vídeos postados pela instituição.

Adaptação aos meios tecnológicos

Na Escola Estadual de Ensino Fundamental Aurélio Reis, localizada no bairro Jardim Floresta, zona Norte de Porto Alegre, cada professora decidiu qual o formato que melhor se adequava às necessidades de seus alunos. As docentes do 1º ano, por exemplo, criaram um blog, no qual os materiais são postados. Já as educadoras do 2º ano enviam os conteúdos aos pais por WhatsApp. Os estudantes do 6º ao 9º ano, que já estudam matérias de forma mais aprofundada, estão utilizando o Classroom, uma ferramenta do Google que cria uma espécie de sala de aula virtual.

“Graças a Deus conseguimos abranger a todos. Mesmo para crianças da Vila Nazaré, que têm mais dificuldade no acesso à internet, os pais estão conseguindo receber as atividades por e-mail”, conta a supervisora escolar da instituição, Angela Caspar de Freitas. A escola também pretende fazer, dentro do possível, videoconferências com os alunos, caso seja necessário começar a aplicar conteúdo novo.

A Aurélio Reis já utilizava, antes da quarentena, tecnologias em suas atividades, uma vez que foi agraciada com o recebimento de um netbook para cada um de seus cerca de 250 alunos. Com isto, professores que aproveitavam mais os recursos já estavam familiarizados com as ferramentas e, agora, puderam auxiliar os colegas menos afeitos às telas a adaptarem suas lições para o meio virtual.

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