Encontro do Acolher e Educar aborda Recomposição das Aprendizagens na rede estadual pós-crise climática
Publicação:

Com o objetivo de trazer orientações pedagógicas neste momento de retomada das escolas, o encontro do Acolher e Educar desta terça-feira abordou o tema da recomposição das aprendizagens. A série de lives faz parte de um conjunto de ações da Secretaria de Educação (Seduc) para compartilhar informações de forma a garantir um retorno acolhedor das atividades escolares após a catástrofe climática de maio, que resultou na suspensão das aulas.
O evento foi transmitido ao vivo pelo canal TV Seduc RS no YouTube e contou com a participação de Marcelo Jerônimo, subsecretário de Desenvolvimento e da Educação Básica; Sherol dos Santos, diretora do Departamento de Desenvolvimento e da Educação Básica; Neri Barcelos, subsecretária de Governança e Gestão da Rede Escolar; e Isabel Teixeira da Silva, diretora do Departamento de Apoio à Gestão Escolar.
Marcelo Jerônimo destacou que as enchentes afetaram as regiões do Estado de maneira distinta e que o retorno às aulas depende de fatores locais, com diferentes modelos de retomada sendo implementados conforme as condições de cada instituição. "Juntos, de maneira segura e gradativa, estamos avançando na retomada das atividades nas nossas escolas", afirmou.
Jerônimo também ressaltou a necessidade de manter a sensibilidade durante o processo de retomada e a importância de revisar os planejamentos escolares. "O planejamento anual feito pelas escolas define as habilidades previstas para cada trimestre. Isso não pode ser descartado. A ideia é revisar esse planejamento com um olhar na reposição de carga horária", complementou Sherol dos Santos.
Durante a apresentação, foram esclarecidas as distinções entre recuperação e recomposição das aprendizagens. A recuperação é uma ação pontual e específica para retomar um conteúdo ou habilidade em que o aluno não obteve o desempenho esperado. Já a recomposição envolve a adaptação das práticas pedagógicas, incluindo acolhimento, avaliação diagnóstica e formação de professores, entre outros métodos.
O momento em que as aulas foram interrompidas coincidiu com o fim do primeiro trimestre, quando os professores identificam dificuldades e defasagens dos alunos. "O afastamento prolongado da escola tende a ampliar as desigualdades entre os estudantes, por isso é fundamental que a nossa abordagem esteja focada na igualdade de oportunidades educacionais, garantindo a recomposição das aprendizagens e promovendo equidade", afirmou Sherol dos Santos.
Para assegurar o direito dos estudantes à educação, a reposição de carga horária será realizada por meio de atividades assíncronas no segundo trimestre. Os supervisores ficarão responsáveis por levantar a carga horária de cada componente curricular e indicar aos professores a quantidade de atividades assíncronas necessárias.
As escolas com maior redução de interações presenciais durante a calamidade pública adotarão uma Matriz de Referência Priorizada. O planejamento pedagógico do segundo trimestre nessas instituições será baseado na priorização de habilidades feita pela equipe técnica do Departamento de Desenvolvimento e da Educação Básica. Também será disponibilizado material de apoio com sugestões de atividades.
Para cumprir a carga-horária mínima anual, as escolas deverão apresentar à Coordenadoria Regional de Educação (CRE) uma proposta de reposição, observando:
-
Carga-horária a ser reposta para cada componente curricular.
-
Cronograma de desenvolvimento das atividades de reposição com distribuição equitativa para evitar sobrecarga dos estudantes, limitando atividades por semana e componentes curriculares com atividades indicadas.
-
Regra de compatibilização de atividade com carga-horária, estabelecendo um padrão para cada atividade e sua relação com a carga-horária.
-
Transparência com alunos e comunidade, garantindo que os estudantes não sejam sobrecarregados.
-
Formato de desenvolvimento das atividades de reposição.
Essas medidas devem ter como base o calendário escolar de aulas presenciais previsto anteriormente. A data de retorno e fechamento do primeiro trimestre será ajustada conforme o período de interrupção das aulas:
Data de Retorno | Fechamento do 1º Trimestre | Matriz |
---|---|---|
Até 17 de maio | 06/06 | Matriz de referência 2024 |
De 20 a 29/05 | até 28/06 | Matriz de referência 2024 |
De 03 a 21/06 | até 28/06 | Matriz de referência priorizada |
A partir de 24/06 | a definir | Matriz de referência priorizada |
Além disso, foi anunciado que, independentemente da data de retorno, as escolas estaduais de Educação de Jovens e Adultos (EJA) deverão concluir o primeiro semestre letivo até 19 de julho. Para alunos de EJA afetados com suspensão de 10 a 20 dias, foram previstos dois períodos remotos por dia na semana de 15 a 19 de julho. As datas de recesso estão mantidas.
Asssita à live completa abaixo:
Acolher & Educar - Recomposição das Aprendizagens
Acolher & Educar é um conjunto de ações de orientação e compartilhamento da Seduc com a comunidade escolar para uma retomada acolhedora às escolas. Crédito: TV Seduc RS