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Escola indígena recebe acervo do projeto Pró-Biblioteca

Secretario da Educação, Faisal Karam, acompanhou cerimônia na aldeia Tekoá Pindó Mirim

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Crédito: Rodrigo Peixoto
Crédito: Rodrigo Peixoto
Por Rodrigo Peixoto

A Escola Estadual Indígena de Ensino Fundamental Nhamandu Nhemopu'ã, localizada na aldeia Tekoá Pindó Mirim, no município de Viamão, recebeu na quinta-feira, 8 de agosto, um acervo com 200 títulos de obras variadas que passam a fazer parte da biblioteca da comunidade.

O secretário estadual da Educação, Faisal Karam, esteve presente na cerimônia que faz parte do projeto Pró-Biblioteca, promovido pela L&PM Editores com enfoque no incentivo à leitura entre jovens, e teve como parceiro na ação o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

Karam ressaltou a importância de um olhar diferenciado para as escolas indígenas em virtude de suas particularidades culturais. “Não podemos estabelecer um relacionamento com o povo indígena apenas por meio de sistemas de gestão e ofícios. É importante que tenhamos esse contato pessoal para que seja possível compreender a realidade que enfrentam e oferecer a educação mais qualificada diante de cada caso”, explica.

O cacique, Arnildo Verá Moreira, valorizou a atuação dos professores da escola, recebidos dentro de uma cultura diferente, e que executam seu trabalho de maneira inspiradora.

“Eles estão sempre presentes, não importa o tempo, nem o clima. Aqui praticamos a educação de uma maneira diferente. Não cobramos estrutura física, pois acreditamos que cada um de nós forma a verdadeira base que necessitamos para construir conhecimento”, conta.

Crédito: Rodrigo Peixoto
Crédito: Rodrigo Peixoto

A Nhamandu Nhemopu'ã recebe atualmente 60 alunos e é reconhecida por diversas iniciativas de sucesso, inclusive com premiações de nível nacional, como no caso do Prêmio Itaú-Unicef, onde foi finalista com projeto "Yvyra Yky - educação sociocultural ambiental Guarani Terra Vida", junto ao instituto Sementes ao Vento.  

Para a diretora da escola, Alessandra Santos, a instituição atua como uma ferramenta de diálogo na conexão entre o povo indígena e a cultura ocidental. “A escola só existe pelo desejo do povo Guarani. Eles têm a intenção de manter esse canal aberto de comunicação com a sociedade. Nosso papel como educadores é de mediar essa relação e dar visibilidade a eles, respeitando as diferenças”, conta.

Sobre o Pró-Bibliotecas

Projeto em que cada patrocinador realiza a doação de um acervo de 200 títulos para uma escola pública de qualquer região do país. Tem como objetivo ampliar, atualizar e qualificar 300 bibliotecas públicas, bibliotecas escolares, bibliotecas comunitárias, Centros de Artes e Esportes Unificados (CEUs) e instituições presentes em áreas de risco. A expectativa é que mais de 60.000 exemplares sejam doados.

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