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Ciclo de encontros da 2ª CRE traz reflexões sobre habilidades socioemocionais

Reuniões virtuais já abrangeram diretores, supervisores, professores e alunos

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Cartaz de divulgação da webconferência
No entendimento da regional, instrumentalizar emocionalmente as pessoas faz com que elas lidem melhor com a pandemia - Foto: Seduc
Por Isabella Sander

Um ciclo de palestras organizadas pela 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) tem abordado, nas últimas semanas, habilidades socioemocionais importantes de serem desenvolvidas em um contexto de quarentena e pandemia. Nesta semana, cerca de 300 diretores e supervisores de escolas da região participaram de duas webconferências promovidas pelo Google Meet.

Os encontros desta semana, com o tema “Habilidades socioemocionais e trabalho: a importância do autoconhecimento”, contaram com a presença da coordenadora da 2a CRE, Ileane Bravo, do coordenador pedagógico Clark Sarmento, da assessora da Comissão Interna de Prevenção à Violência Escolar (Cipave) Marileia Sell, da psicóloga e assessora de Educação Especial Patrícia Mendel e da psicóloga e professora da Faculdade IENH Simone Steyer.

A ideia de oferecer à comunidade escolar da região esse ciclo de reuniões surgiu da compreensão da coordenadoria de que sentimentos como ansiedade, angústia, estresse e medo são recorrentes em um momento como o de uma pandemia. No entendimento da regional, instrumentalizar emocionalmente as pessoas faz com que elas lidem melhor com este cenário.

Segundo Marileia, que mediou a conversa entre as duas psicólogas convidadas, o retorno dos diretores foi muito positivo. “Foi maravilhoso, um espaço terapêutico. Eles perceberam que não são os únicos a enfrentarem aqueles sentimentos e sentiram suas emoções validadas”, destaca a assessora da Cipave. Ela destaca, ainda, que trabalhar as habilidades socioemocionais é tão importante quanto as habilidades cognitivas.

As psicólogas convidadas, Patrícia e Simone, deram palestras e ofereceran um espaço de escuta, no qual diretores e supervisores trouxeram suas angústias neste momento de mudanças. Patrícia é professora, psicóloga, mestranda em Psicologia, assessora pedagógica de Educação Especial da 2ª CRE e coordenadora do Núcleo de Apoio à Inclusão e Acessibilidade da Universidade Feevale. Ela abordou o tema “Alterações no ambiente de trabalho e repercussões socioemocionais”. Simone, por sua vez, é psicóloga clínica, doutora em Psicologia do Desenvolvimento e professora do Curso de Psicologia da Faculdade IENH. Ela falou sobre “Inteligência emocional no ambiente de trabalho”.

A 2ª CRE, por meio de Patrícia, criou o grupo “Vamos dividir para somar?”, de acolhimento aos professores da regional. O objetivo é ofertar um espaço de escuta e acolhimento aos docentes, possibilitando um momento de conversa para dividir sentimentos, angústias e experiências entre pares. As próximas reuniões estão marcadas para terça-feira, 18 de agosto, e quarta, 19 de agosto, das 10h às 11h30min, pelo Google Meet. As inscrições podem ser feitas junto à coordenadoria.

A psicóloga Simone pontuou uma série de dicas para melhorar as habilidades socioemocionais durante a quarentena:

  • Fazer atividades físicas, nem que sejam 15 minutos por dia, para ativar a serotonina, que traz a sensação de bem-estar.
  • Procurar ter um sono de qualidade.
  • Não consumir notícias ruins à noite, se informando principalmente de manhã, em fontes confiáveis, para não ler fake news, que podem trazer “alarmismos” e “catastrofismos”.
  • Criar uma rotina, com previsibilidade em meio ao caos, tendo horário para se levantar, fazer as aulas, descansar, se reunir e conversar com a família. Para as crianças, especialmente, a rotina é importante para que saibam que está tudo bem e que o mundo continua organizado, mesmo que diferente.
  • Manter-se intelectualmente ativo, aprendendo coisas novas se tiver tempo.
  • Manter contato social, mesmo que à distância, fazendo telefonemas e conversando com quem se ama.
  • Focar no presente, respirar, fazer meditação guiada, mindfullness, ou meditação ativa, para controlar a ansiedade.
  • Se conscientizar sobre as suas próprias dificuldades e potencialidades, sem negar que se tem ansiedade, se está tristes ou com medo, para, a partir dessa aceitação, trabalhar flexibilidade, autogestão e resiliência.
  • Validar os sentimentos das crianças quando elas ficarem irritadas ou bravas, não dizendo que elas não podem ficar assim. Todos os sentimentos são necessários e ajudam a evoluir.
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