Concurso que promove cultura da paz marca 5 anos do programa Cipave
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Entre as 2.571 escolas da rede estadual de ensino, 2.325 já implementaram a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipave). O número representa 90,4% das instituições desenvolvendo as atividades no estado. Em comemoração aos cinco anos do programa, criado por meio da Lei nº 14.030/2012, o governo do Estado lançou, nesta segunda-feira (26), o concurso Tamo junto com a Cipave para promover a cultura da paz e a valorização da escola pública.
A ideia é que estudantes da rede pública produzam um vídeo inspirado no comercial do programa e utilizando a música da campanha. As inscrições dos vídeos devem ser feitas de 7 de julho a 15 de agosto no site da Cipave.
O governador José Ivo Sartori lembrou do grande desafio que é todos trabalharem unidos para promover a paz. "Ações conjuntas entre comunidade e poder público é a única maneira de fazer uma construção coletiva. Não se faz a cultura da paz se isso não estiver dentro da comunidade escolar. É lá que se dá o início de tudo", destacou.
O concurso foi citado por Sartori como uma nova e importante ferramenta de divulgação da Cipave, contribuindo para ampliar a participação no programa. "A Cipave é a comprovação de que é sim possível promover a transformação social, estimulando comportamentos e atitudes positivas nas novas gerações", afirmou.
A secretária do Gabinete de Políticas Sociais e de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena Sartori lembrou do nascimento do projeto em Caxias do Sul e que se tornou lei diante de proposta sua como deputada "Trabalhar a cultura da paz e da não violência é fundamental. Foi só começarmos os trabalhos nas escolas para ver que todos queriam mudar o comportamento da comunidade", garantiu.
Maria Helena admitiu que a socieade somente mudará se "o comportamento das pessoas mudarem" e que a Cipave cumpre papel fundamental dentro das escolas de "harmonizar o ambiente e discutir o melhor caminho entre alunos e professores".
Para o secretário da Educação, Ronald Krummenauer, as comissões reforçam as ações planejadas pelo governo do Estado para a área no Rio Grande do Sul, impactando significativamente nas escolas. Segundo ele, do total de comissões formadas, 600 estão nos 19 municípios mais violentos. “Um projeto desse tipo vai ao encontro do que pensamos para a educação, porque envolve os mais variados segmentos da sociedade, seja, públicos ou privados”, ressaltou.
“A ideia é envolver as comunidades, mostrar todos os espaços das escolas”, afirma a coordenadora do Cipave, Luciane Manfro.
Redução da violência
A coordenação do programa fez um comparativo entre 100 escolas aleatórias em todo o estado para mapear dez índices de violência. A amostragem reuniu dados de 2016 divididos por semestres. Na comparação entre os dois períodos, houve redução de oito dos dez índices avaliados. De acordo com o estudo, no primeiro semestre de 2016, as 100 escolas registraram 1.443 casos de violência. No segundo semestre foram 719 ocorrências, uma redução de 49,8%.
Desafio cultural
O concurso desafia os alunos das escolas da rede estadual e municipal a produzir um vídeo, no formato lip sync (termo em inglês que se refere a técnicas de dublagem). Será permitida a inscrição de um vídeo por escola e a escolha dos 10 melhores será feita por votação no site da Cipave entre 21 de agosto a 17 de setembro. A ação é uma parceria entre as secretarias da Educação, de Comunicação e do Gabinete de Políticas Sociais.
Confira o regulamento.
Adesão escolas municipais
Escolas da rede municipal de ensino também podem aderir ao programa Cipaves. Muitas cidades já contam com as comissões, como Alegrete, Bento Gonçalves, Canoas, Carazinho, Caxias do Sul, Esteio, Rosário do Sul, Sarandi, Uruguaiana e Veranópolis. Mais 12 municípios estão pedindo informações para adesão ou formar o seu programa em parceria com o do Estado.
Cultura da paz
De acordo com a Lei nº 14.030, sancionada em 26 de junho de 2012, as Cipaves têm a função de diagnosticar vulnerabilidades no âmbito escolar, planejando ações para resolver problemas de forma viável e eficaz. Faz parte do programa social ensinar e reforçar a cultura da paz e de valores como respeito, tolerância e convívio com as diferenças, envolvendo alunos, professores, funcionários e comunidade.